11.9.06

VIVA GENERAL!

Foto respigada aqui.

- O General Loureiro dos Santos não é um santo, é vários.

- O General Loureiro dos Santos só pilota porta-aviões sensíveis e meigos.

- O General Loureiro dos Santos só pilota em pelota, para estar de igual para igual com o animal.

- O General Loureiro dos Santos tem a voz de um trovão e a ternura do orvalho.

- Se o General Loureiro dos Santos fosse atum, chegaria à nossa travessa pelo seu próprio pé.

- O pé do General Loureiro dos Santos é mais belo que a Vénus em Chamas.

- O General Loureiro dos Santos não encerra aos domingos.

- Queremos um General Loureiro dos Santos em cada rotunda de Portugal!


Rui Costa

23 Comments:

At 11:18 da manhã, Anonymous Anónimo said...

humm...
quem é o gajo?
serve para alguma coisa?
há à venda nos hipermercados?
será que dá para oferecer no natal?
Aurora

 
At 2:01 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Loureiro dos Santos é um provinciano dos melhores. E não o somos todos, por mais capitais do mundo que percorramos? Rui Costa e Aurora, o gajo podia ser nosso pai, não vamos pô-lo à venda nesta feira de humor provinciano. Por mero acaso falei ontem de Loureiro dos Santos com a minha tia (74 anos). Era assim, em Vila Pouca de Aguiar (Trás-os-Montes):
O pai de L.S. era o o cabo da gnr por alcunha o «Contenteza», da criação da minha avó e a quem a minha avó mandava à merda quando ele ameaçava aplicar aquelas ridículas e fascistas leis da época (multa por andar descalço, multa pelas galinhas à solta). O filho, L.S., era companheiro de carteira do meu primo Artur Relógio, toda a vida empregado numa loja de ferragens, ao passo que Monteiro Dinis (actual ministro da República para a Madeira) era companheiro de carteira do Tijá, toda a vida pequeno comerciante na corda bamba. Todos quatro se deram ou se dão, filhos da mesma miséria. São tudo o que se quiser menos pedantes. Por acaso não terão os meninos uns parentes lá para as províncias que são tal qual?
Filipe Guerra

 
At 3:12 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Os meus parentes da província, vivem da agricultura ou trabalham na construção. Também já plantei batatas e andei à erva e à lenha. Como dizia a minha avô (por acaso mãe solteira, um adianto desgraçado para a época) se souberes plantar e colher não hás-de morrer à fome.
Quanto ao humor ou falta dele, não me parece que haja muito a fazer.

Aurora

 
At 4:44 da tarde, Anonymous Anónimo said...

filipe guerra:

Não se trata de gostar ou desgostar de provincianos. Eu sou como a Miss Universo, queria era que as pessoas do mundo não passassem fome e as crianças tivessem uma infância mais ou menos feliz (demasiado feliz se calhar não é boa ideia). O que acontece é que eu tenho a sorte ou o azar de possuir uma lucidez que me faz afastar, ou mesmo beliscar, produtos de uma lógica de poder balofa e assente em critérios de reprodução de hierarquias absurdas, ainda que esses produtos sejam conhecidos meus, familiares ou pessoas por quem possa nutrir simpatia ou boa vizinhança.

Mais prosaicamente, preferia ver-te na televisão a falar de literatura russa (de que sabes 120 vezes mais do que eu) do que a pessoas que falam de “estratégia”, “posicionamento” ou “diplomacia” como quem espreita sob o véu (de Maria ou da Madonna) imaculado do Segredo. É óbvio que este último arrazoado é exuberantemente pessoal.

Em casos assim, entre a lágrima ao canto do olho e a porrada, prefiro a porrada. É a única forma – optimista e démodé – de ser sério.

Saúde,

Rui Costa

 
At 4:59 da tarde, Blogger MJLF said...

Ó Rui, o general numa rotunda só deve provocar acidentes, mais do que as "mamas assassinas" em Oeiras. Essa mania que de colocarem mamas e pilas nas rotundas, é muito perigoso.
Maria João

 
At 5:03 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Que falta de bom gosto!
Oh Rui você de certeza tem capacidade para fazer melhor..Não perca tempo com disparates, sobretudo quando os dirige para uma pessoa que podia ser seu pai.O tempo é tão precioso... Aproveite-o melhor
JRS

 
At 5:48 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Rui Costa, infelizmente o poder e as hierarquias existem, por menos que as aceitemos e, pois claro, criticar o homem pelas banalidades que debita na tv sobre «estratégia» e «posicionamento» é válido, até necessário, e já que ele aceitou tornar-se público tem de aguentar as críticas, até dá uma sátira contundente (à maneira do texto que escreveste). Mas só funciona se o alvo for o que ele diga (mal), o que ele faça (mal), e não o que ele seja como pessoa. Porque, como pessoa e na utilização do poder que o seu cargo lhe permitiu, Loureiro nunca foi um general retrógrado a quem baste simbolizar numa pose militar estereotipada. Assim já não será satirizar mas achincalhar. Acima de militar, é um homem com desejo de mudança, como houve tantos, a ponto de até terem feito o 25 de abril.
Filipe Guerra

 
At 5:54 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Quem fez o 25 de Abril foi a Guerra.

 
At 6:03 da tarde, Anonymous Anónimo said...

JRS: importa-se de dizer quem é (sem vir com a velha história dos nicks, e que o nome não sei quê, ou coisa do género)? vá lá, faça um esforçozinho, custa assim tanto?

Rui Costa

 
At 6:08 da tarde, Anonymous Anónimo said...

sinceramente, é o, profundamente, jorge reis sá, sentidamente.

 
At 8:18 da tarde, Blogger margarete said...

«... como a miss universo»
lindo!

 
At 10:20 da tarde, Anonymous Anónimo said...

mas em que é que a idade acrescenta respeitabilidade?
concordo com a margarete.

 
At 12:05 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Esta Guerra não é minha, mas achei piada ao post. No entanto, eu sou provinciano. Mais, sou saloio. E agora vou ali às pinhas...

 
At 12:55 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Concordo com o comentário do hmbf.
O melhor é ir às pinhas ..Fazer como a formiga e preparar-se para o Inverno(percebeu? é uma metafora).
De acordo com Filipe Guerra: Satirizar SIM, achincalhar NÃO.

JRS

 
At 12:56 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Filipe Guerra:

Ai então uma coisa é o que um gajo diz, e faz, e come e dá a comer, e veste, e merdalha, e outra o que um gajo é (“como pessoa”)? Então o que um gajo é (“como pessoa”) está onde, no mundo Supra-Sensível?

Vamos começar finalmente a ultrapassar os dualismos platónicos? Só naquela, já vão uns milhares de anos nisto, não começará a chatear?


Rui Costa

 
At 1:10 da tarde, Blogger hmbf said...

Eu não sou eu, eu sou um outro. Achas para a fogueira e mais pinhas. Entendi. Saúde,

 
At 2:59 da manhã, Anonymous Anónimo said...

A lógica do poder utiliza muita lágrima ao canto do olho e fundamenta a urgência da guerra com muita lucidez... parece-me que se está aqui discutir níveis e assuntos diversos, simplistas e parolos: a hierarquia militar, a avó do Filipe e o cabo da gnr, as batatas da Aurora, os capitães de Abril, as pinhas e as formigas nas pinhas, o bom gosto e o mau gosto. Embora tudo isto se possa misturar bem e boicotar a "lógica do poder" no mundo das ideias, não se entende porque é que se defende tão acerrimamente essa visão dualista e primária do mundo dos humanos, entre os que não representam o status quo (os livres, os que boicotam a lógica do poder, os criativos, os fracturantes, os que nunca tiveram de fazer serviço militar obrigatório nem foram mobilizados para África com 18 anos e nunca souberam e nunca lhes ensinaram ou exerceram a prática da DISCIPLINA E DA EXIGÊNCIA) e os outros, os vendidos à ignomínia da tradição milenar, dos ícones das hierarquias vigentes e inabaláveis. O "respeitinho é muito bonito" foi um facto, e por isso respeitam-se os mais velhos, mesmo quando os mais velhos não têm razão. A história universal existe, na sua diacronia e sincronia- e só por se ser velho e ter fotografias enfarpeladas de outras décadas, outros contextos, outras realidades, outros tempos, outros hábitos, não faz deles seres risíveis.
Queridos nascidos durante os anos 70: CRESÇAM...! Estou à espera da vossa revolução, do vosso 25 de Abril. Afinal, vocês nem sequer foram para a guerra!E um dia, também vão ser velhos.

General Sun Tzu

 
At 3:46 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Sun Tzu:

1. É pena que seja crescido (ou (a), daqui até ao fim) para umas coisas e não seja para outras: assinar com o seu próprio nome não lhe ficaria nada mal. Tem medo de quê?

2. É pertinente, embora fácil, explorar a lógica do dualismo platónico. Referirmo-nos a alguma coisa é não sermos essa coisa; é haver 2 em vez de 1. Podíamos, se calhar, falar de polaridade no sentido do materialismo filosófico oriental. É evidente que a minha posição é política, num sentido lato. É atitude perante as coisas do mundo, neste caso uma manifestação particular de um sistema de poder mais vasto.

3. É notório que há uma diferença “geracional” entre nós. O senhor defende o que viveu e o que viu (gostando ou desgostando) como uma parte (pelo menos) de si. Eu, também por ser mais novo, estou mais do lado do futuro. Eu tenho mais sonhos, o senhor tem mais memória(s).

(e note que não pretendo enterrar o passado; ele encarregar-se-á disso)

4. Mas olhe que é preferível, seja qual for a idade e o tamanho do passado, ultrapassar um bocadinho as circunstâncias e o contexto; elevarmo-nos um pouco acima das nossas cicatrizes e darmos corpo ao manifesto. Para isso é preciso ser duro, às vezes de forma radical, perante as “tradições” que não vale a pena conservar.

5. Eu cresço, sempre. Cresça o senhor também e nunca desista: é a melhor maneira de conciliar o passado com o futuro. Boa sorte.

Rui Costa

 
At 4:09 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Quanto ao texto de Rui Costa, eu, platónico ou não, só quis dizer que esse texto escolheu o alvo errado, já que L. S., tal como o pai dele, a minha avó, eu, o meu primo e as outras personagens somos todos «filhos da mesma miséria», como disse, e também responsáveis por ela. Ou ainda: L. S. não pode simbolizar «o culpado», o «inimigo» a achincalhar, ou então somos todos demasiado masoquistas. Assim, o texto, com qualidades literárias óbvias, torna-se inoperante porque desligado da realidade. Aliás, o general Sun Tzu disse o que eu penso, poupando-me um trabalhão enorme de raciocínio para responder a Rui Costa, mas só lamento que me tenha misturado, e à minha avó, a esses fantasmas etéreos convencidos de que se libertaram da merda mental que nos fabricou e convencidos de que não são responsáveis por mais merda nenhuma: «os livres, os que boicotam a lógica do poder, os criativos, os fracturantes, os que nunca tiveram de fazer serviço militar obrigatório nem foram mobilizados para África com 18 anos e nunca souberam e nunca lhes ensinaram ou exerceram a prática da DISCIPLINA E DA EXIGÊNCIA».
Filipe Guerra

 
At 3:45 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Caro amigo Rui,

parece-me que você embirra sobremaneira com os intervenientes que não assinam o nome do B.I. nos seus comentários, nem sei muito bem porquê, pois você sabe que eu sei que você sabe descobrir as nossas identidades, se lhe aprouver investir algum esforço nisso. Esse espaço de algum ludismo na troca de identidades é divertido e engraçado, desde que bem doseado e para quem não pretende ter o seu próprio blogue.
Para facilitar esta achega, vou-lhe dar um exemplo prático:

Amo-te. Meu amor, vem depressa.

Acha que se eu não fosse o general chinês de seu nome Sun Tzu, que viveu 500 anos antes de Cristo, podia escrever estas coisas aqui?

Até sempre, meu caro.

General Sun Tzu

 
At 7:08 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Sobre os Ex-Combatentes ou Veteranos de Guerra não se ouve uma palavra! Silêncioooo! Mabeco

 
At 7:13 da tarde, Blogger Mabeco said...

Sobre os Ex-Combatentes ou Veteranos de Guerra nem uma palavra. Apenas e só silêncio!!!

 
At 1:11 da manhã, Anonymous PARDAL said...

O GENERAL TEM DE TER CUIDADO COM AFIRMAÇÕES SOBRE O ATENTADO NA NORUEGA,FICARIA SATISFEITO SE FOSSE A ALKAIDA MAS NÃO FOI-FOI A EXTREMA DIREITA-

 

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