16.11.07

Bloco de Apontamentos #62


MJLF, Alqueva, 2003



Mergulho em melancolia sempre que atravesso o Tejo e passo para o espaço onde o céu não tem tamanho nem fim. A planície alentejana aparentemente bela é amarga; vive de variações lumínicas, constantes contrastes que me atravessam os ossos. O céu na planície é magnífico, luminoso e dissonante; ora se mostra claro no azul infinito, ora as nuvens se espalham sobre ele, irregularmente, com lentidão nos passos, como se anunciassem uma catástrofe, caminhando e esperando pacientemente até se fundirem num cinzento de chumbo.

Maria João

1 Comments:

At 1:44 da tarde, Blogger Mário Pedro said...

Obrigado.

 

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