Descrição honesta de mim próprio bebendo um whisky no aeroporto, digamos de Minneapolis
Os meus ouvidos escutam cada vez menos as conversas, os meus olhos enfraquecem, continuando porém insaciados.
Vejo as pernas delas de mini-saia, de calças, ou de tecidos vaporosos,
Espreito cada uma, os seus rabos e coxas, pensativo, embalado por sonhos porno.
Ó lascivo velho jarreta, estás com os pés para a cova e não para os jogos e brincadeiras da juventude.
Mas não é verdade, faço apenas aquilo que sempre fiz, compondo as cenas desta terra, movido pela imaginação erótica.
Vejo as pernas delas de mini-saia, de calças, ou de tecidos vaporosos,
Espreito cada uma, os seus rabos e coxas, pensativo, embalado por sonhos porno.
Ó lascivo velho jarreta, estás com os pés para a cova e não para os jogos e brincadeiras da juventude.
Mas não é verdade, faço apenas aquilo que sempre fiz, compondo as cenas desta terra, movido pela imaginação erótica.
Czeslaw Milosz nasceu no dia 30 de Junho de 1911 em Szetejnie (Lituânia). Poeta, ensaísta, romancista, tradutor e historiador de literatura, formou-se em direito pela Universidade Stefan Batory de Vilnius. Em 1931 viajou, pela primeira vez, até Paris, onde conheceu o seu parente Óscar Milosz – poeta metafísico que viria a revelar-se muito importante na formação de Czeslaw. Em 1933 publicou o seu primeiro volume de poesia: Poema Sobre o Tempo Petrificado. Durante a II Guerra Mundial foi um dos animadores da actividade cultural clandestina polaca. Depois da guerra foi embaixador da Polónia em Washington e Paris onde, em 1951, ficou como exilado político. Em 1960 regressou aos Estados Unidos como professor de literaturas eslavas na Universidade de Berkeley. É autor de uma extensa obra, onde se destacam vários volumes de poesia e os romances O vale de Issa e A tomada do poder. Foi galardoado com o Prémio Nobel em 1980.
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