Juventude e beleza, também
decadência e devassidão. Tudo
é possível por ser interdito.
Homens de fogo, mulheres de lama.
Saíram do mundo para a minha pasta
forrada a papel de fantasia.
Usam ligueiros, pénis
e soutiens. Máscaras e luvas.
Há zonas no corpo enegrecidas
pelo chicote. Amam-se, fornicam.
Exibem o ódio, a quase demência
de um mundo maldito.
decadência e devassidão. Tudo
é possível por ser interdito.
Homens de fogo, mulheres de lama.
Saíram do mundo para a minha pasta
forrada a papel de fantasia.
Usam ligueiros, pénis
e soutiens. Máscaras e luvas.
Há zonas no corpo enegrecidas
pelo chicote. Amam-se, fornicam.
Exibem o ódio, a quase demência
de um mundo maldito.
Isabel de Sá nasceu em 1951 em Esmoriz. É licenciada em Artes Plásticas/Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Realiza exposições de pintura desde 1977. Exerce a profissão de professora. Publicou o seu primeiro livro de poemas, Esquizo Frenia, em 1979 na editora & etc. Recentemente, as Quasi Edições reuniram toda a sua obra poética publicada num volume intitulado Repetir o Poema. Sobre esta obra escreveu António Guerreiro no Actual (17-Setembro-2005), suplemento do jornal Expresso, o seguinte: «A característica mais evidente desta poesia é a criação de um universo fechado no seu complexo de símbolos e imagens: ela define-se, antes de mais, por um determinado imaginário, isto é, por um conjunto de imagens que formam um arquivo pessoal, um léxico e um discurso não partilháveis.»
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