Fragmento # 18 – Brinde
Os outros olham-me como alguém sequioso que nunca está satisfeito, mas isso é um ponto de vista romântico. Talvez seja verdade, porque a sede é o desaparecimento do outro e eu não posso conhecer o desaparecimento de mim. Sartre considerava que o inferno são os outros. Nem tanto ao mar nem tanto na terra. Com o lema socrático do auto-conhecimento também se passa o mesmo. Kierkegaard ensinou-me que os outros é uma multidão igual a ninguém, que foi a multidão quem matou Cristo e condenou Sócrates à morte. O outro talvez seja outra questão. E que tal aceita-te a ti próprio? Uma cerveja no inferno. E se for uma para mim outra para o outro? Duas cervejas no inferno formando uma bela dialéctica. E se vier mais uma remetendo para o transcendente?
Parabéns Rimbaud, hoje é o teu aniversário. Obrigado, foste tu que me mostraste que a beleza é amarga. Um dia, Rimbaud, havemos de nos encontrar e beber uma cerveja. O outro disse-me que lhe sussurraste ao ouvido que não perdemos pela demora e a primeira rodada quem paga és tu. Nós brindamos à tua poesia, por isso ainda nos vamos demorar por aqui.
Parabéns Rimbaud, hoje é o teu aniversário. Obrigado, foste tu que me mostraste que a beleza é amarga. Um dia, Rimbaud, havemos de nos encontrar e beber uma cerveja. O outro disse-me que lhe sussurraste ao ouvido que não perdemos pela demora e a primeira rodada quem paga és tu. Nós brindamos à tua poesia, por isso ainda nos vamos demorar por aqui.
20/10/2004
Maria João
2 Comments:
está a ver, dona maria joão, porque é que o barman lhe dizia que a menina escreve bem...?
os meus respeitos.
saúde e até ao próximo brinde, ó barman charmoso!
com os devidos respeitos
Maria João Fernandes
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