25.5.06

WISLAWA SZYMBORSKA

in AD LOCA INFECTA.

Trata-se de um poema da grande poeta polaca, traduzido por José Miguel Silva a partir da versão inglesa. Outra versão, traduzida directamente do polaco por Elzbieta Milewska e Sérgio das Neves, pode ser encontrada na excelente antologia Alguns gostam de poesia, publicada pela Cavalo de Ferro em Março de 2004. Deixo a primeira estrofe do poema em cada uma das diferentes traduções:

O TERRORISTA OBSERVA
A bomba no café vai explodir às treze e vinte.
São treze e dezasseis neste momento.
Há ainda tempo para entrar
e tempo para sair.

(versão de José Miguel Silva)


O TERRORISTA – ELE ESTÁ A VER

A bomba vai explodir no bar às treze e vinte.
São só treze e dezasseis.
Alguns ainda vão a tempo de entrar,
outros de sair.

(versão de Elzbieta Milewska e Sérgio das Neves)

5 Comments:

At 6:57 da tarde, Blogger Filipe Guerra said...

Muito diferente. Eu vou pela segunda, embora não saiba qual é a que respeita o original, só que a segunda tem muito mais força nos dois versos conclusivos.

 
At 8:24 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Prefiro o título e os dois primeiros versos do primeiro. No resto estamos de acordo, ou seja, os dois úlltimos versos da segunda versão parecem-me melhores. Conclusão: título + dois versos (3) / dois versos (2). 3 - 2, a favor da primeira versão.

 
At 9:59 da tarde, Blogger manuel a. domingos said...

não nos podemos esquecer que a versão de josé miguel silva é baseada na tradução inglesa, o que implica logo algum "ruído" na versão feita

 
At 10:22 da tarde, Anonymous Anónimo said...

pois claro. ainda assim, fica a ganhar. como será no original? :)

 
At 10:25 da manhã, Blogger Filipe Guerra said...

Não conheço a Szimborska, não sei polaco, sei apenas que quase toda a poesia em línguas eslavas, mesmo a moderna, tem uma preocupação formal. è pertinente respeitá-la? Isto já seria outra discussão. Neste caso imagino que a tradutora da segunda quadra (polaca) quis respeitar, quer o sentido, quer a forma e, assim, fex um perfeito verso alexandrino + um meio alexandrino (não sei como se chama) + um alexandrino + um meio alexandrino. Isto cheira-me mais à poesia original, mas, como digo, são apenas suposições.

 

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