18.11.06

Os génios

Platão deu o nome a um tipo de amor, Dante é ao mesmo tempo sinónimo de grandioso e terrível, Maquiavel serve para adjectivarmos a perfídia de um Estado, Kafka surge sempre que nos referimos ao triste mundo burocrático e Beckett é, por si só, a nomeação do absurdo. Por outro lado, ninguém ousa falar hoje de arte contemporânea sem referir Duchamp. E quem se atreve a pensar o silêncio sem mencionar John Milton Cage? Os génios são uma vida convertida em lugar-comum.

1 Comments:

At 2:07 da tarde, Blogger MJLF said...

pois é, banalisa-se e estraga-se muita coisa. Os génios são apenas humanos, segundo aquele poema de Artaud que gostas tanto.
Maria João

 

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