FOLHAS VERDES
Eu vejo
na minha mão
uma lágrima;
sobre as folhas mortas
da chuva, eu
só posso cantar
a canção
da minha bem amada,
Folhas Verdes,
a alegria, trocou-a por tristeza,
a lembrança, pelo esquecimento.
Dela só me resta
esta lágrima que guardei;
e sobre ela vejo, debruçado,
entre a vida e a morte,
todo o tempo passado.
Folhas Verdes,
trocadas pelo Outono,
deixai-me cantar
minha canção do orvalho;
e que a manhã me traga
de novo um outro amor.
na minha mão
uma lágrima;
sobre as folhas mortas
da chuva, eu
só posso cantar
a canção
da minha bem amada,
Folhas Verdes,
a alegria, trocou-a por tristeza,
a lembrança, pelo esquecimento.
Dela só me resta
esta lágrima que guardei;
e sobre ela vejo, debruçado,
entre a vida e a morte,
todo o tempo passado.
Folhas Verdes,
trocadas pelo Outono,
deixai-me cantar
minha canção do orvalho;
e que a manhã me traga
de novo um outro amor.
Paulo Tunhas nasceu no Porto em 1960. Licenciado em Filosofia, tem exercido várias actividades nesse domínio. Estreou-se na poesia, em 1983, com o livro A Torre Iluminada, ao qual se seguiu, em 1984, a colectânea intitulada Klee. Também escreveu para cinema, tendo-lhe sido atribuído o Prémio do Instituto Português de Cinema para o melhor argumento do ano de 1988, relativo ao filme Três menos eu, de João Canijo.
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