POSITIVO
hino português suave
nós
portugueses
juramos:
jamais seremos «calvinistas morais radicais».
nós
portugueses
juramos:
jamais fumaremos tabaco
tão pouco charros
nós
portugueses
juramos:
jamais nos embebedaremos
nós
portugueses
juramos:
jamais seremos corruptos
nós
portugueses
juramos:
jamais interferiremos nos assuntos do estado, pois consideramos (a partir deste momento de grande indignação por parte do nosso líder incontestável) que os nossos estadistas (todos sem excepção) estão acima de qualquer crítica. que são pessoas íntegras, insuspeitas etc & tal.
e
em nossas casas jamais entrará um fumador, um alcoólatra, um corrupto, um homossexual, um fundamentalista calvinista.
nós
portugueses
somos católicos fatimistas (mesmo que não saibamos o que isso quer dizer) e perdoamos os pequenos deslizes tabagistas e mesmo sexuais de qualquer político nacional aerotransportado...
viva a pátria
viva o povo
viva o senhor primeiro ministro, nosso grande timoneiro
12 Comments:
Sem ponta por onde se lhe pegue.
Escrito já era patético, agora a Sra. dar-se ao trabalho da transcrição é algo que me ultrapassa por completo. Desculpe a franqueza.
Jorge Melícias
Sr. Jorge Melícias,
Que falta de sentido de humor, olhe, vá apanhar sol, divirta-se um bocado, não se leve tão a sério, que não vale a pena.
Maria João
Onde o texto enferma torna-se a senhora redundante: na anedota.
Jorge Melícias
Anedota seria eu transcrever um poemasinho dos seus, Sr. Melicias está magoado porque não lhe dou a atenção devida.
:)
Maria João
Desolado é mais a palavra. Expressa melhor o desapontamento que me sempre me corrói ao ver o meu trabalho contornado por um vulto incontornável.
Deixe-me confessar-lhe uma coisa: nunca me foi muita grata a figura da "padeira de Aljubarrota". Aquela mãozinha na anca, a pá em riste fazendo as vezes, sabe, sempre tive para mim que faltava a essa figura "peso", em cima.
Jorge Melícias
Sr. Melícias,
Vejo que hoje acordou de melhor humor, muito obrigada pela atenção que me dispensou.
Maria João
Por favor, disponha.
Jorge Melícias
Agora um bocadinho mais a sério: o que me faz confusão nesse texto, e noutros a ele análogos, é a "síndrome de Zurara". Qualquer um se arroga ao título de o "último dos Cronistas". Todos nós nos encontramos sempre, por óbvias razões, na mais privilegiada das posições para diagnosticar os "grandes males da alma portuguesa" (seja lá o que isso for). E então tratamos de, através de meia dúzia de lugares comuns (os mesmos de que nos tentamos libertar desde sempre) escalpelizar (numa perspectiva sempre pedagógica) os grandes demónios da nossa mediocridade. Santa paciência. Como exercício é bastante sofrível.
O talento da prosa ainda vai mitigando, por vezes, a linearidade reflexiva. Mas neste caso nem isso. Neste caso é apenas um mau texto e reproduzi-lo, acredite-me, não o melhora.
Jorge Melícias
Agrada-me o aspecto de ser um hino português suave, o sarcasmo com que os demónios não apenas da nossa mediocridade portuguesa, mas da tacanha especie humana são escalpelisados,não acho que seja com caracter pedagógico, porque a mediocridade é a maior instituição de todas, com os seus lugares comuns e não muda. O Sr. Melicias aprecia outros registo, compreendo, mas acho que isso é lá consigo!
Maria João
ignora Maria João...!
jecr
a vida tem destas milícias.
Este melícias é aquele, acho que franciscano,muito conhecido porque costuma contar anedotas de padres quando está em companhia boémia? Não?
Ah é aquele muito bom poeta que ganhou o prémio Sócrates de esperteza saloia? Pronto, fiquei esclarecida, obrigado.
Puta do Candal
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