Os grunhos são mais ou menos iguais em todo o lado. As elites também. A diferença é que em Portugal as elites (ou seja, os que decidem) não se distinguem em nada dos grunhos, são grunhos dos pés à cabeça, por dentro e por fora. Em Inglaterra, na Holanda, na Dinamarca, não é tanto assim. E por isso é que ingleses, holandeses ou dinamarqueses vivem num regime de direitos e deveres, e nós num de favores. Abraço, jms
Talvez por isso mesmo as nossas elites gostem tanto de rebaixar o "povinho", como se não tivessem responsabilidades algumas no estado a que “isto” chegou.
Por acaso não é bem assim jms. A maioria das democracias ocidentais (não vou dizer todas porque não as conheço suficientemente bem para fazer essa afirmação) padecem do mesmo problema da portuguesa. Temos a mania de nos rebaixarmos até ao ponto do impossível sem entender que muitos dos nossos problemas são os mesmos - exactamente os mesmos - de outros que julgamos mais evoluídos. Queixamo-nos porque temos um primeiro ministro que mentiu - bem a Inglaterra e os estados Unidos, França também. Queixamos-nos porque temos presidentes de câmara corruptos eleitos pelos cidadãos. Itália tem um primeiro ministro. A "Grunhice" está por (quase) todo o lado. Não é por isso que deixa de ser menos grave e não é por isso que a devemos deixar de combater note-se. Mas não podemos perder a noção das razões profundas que o possibilitam sobre risco de ao não diagnosticarmos correctamente as causas aplicar-mos o remédio errado. E não, não proponho o fim da democracia. Proponho é um ataque consistente aos factos que provocam a sua falência nomeadamente a subjugação do poder politico ao económico e a falta de independência da comunicação social ela também um negócio - vista como tal - dois factos que minam os fundamentos de uma democracia de direito.
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Os grunhos são mais ou menos iguais em todo o lado. As elites também. A diferença é que em Portugal as elites (ou seja, os que decidem) não se distinguem em nada dos grunhos, são grunhos dos pés à cabeça, por dentro e por fora. Em Inglaterra, na Holanda, na Dinamarca, não é tanto assim. E por isso é que ingleses, holandeses ou dinamarqueses vivem num regime de direitos e deveres, e nós num de favores.
Abraço,
jms
Talvez por isso mesmo as nossas elites gostem tanto de rebaixar o "povinho", como se não tivessem responsabilidades algumas no estado a que “isto” chegou.
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Por acaso não é bem assim jms. A maioria das democracias ocidentais (não vou dizer todas porque não as conheço suficientemente bem para fazer essa afirmação) padecem do mesmo problema da portuguesa. Temos a mania de nos rebaixarmos até ao ponto do impossível sem entender que muitos dos nossos problemas são os mesmos - exactamente os mesmos - de outros que julgamos mais evoluídos. Queixamo-nos porque temos um primeiro ministro que mentiu - bem a Inglaterra e os estados Unidos, França também. Queixamos-nos porque temos presidentes de câmara corruptos eleitos pelos cidadãos. Itália tem um primeiro ministro. A "Grunhice" está por (quase) todo o lado. Não é por isso que deixa de ser menos grave e não é por isso que a devemos deixar de combater note-se. Mas não podemos perder a noção das razões profundas que o possibilitam sobre risco de ao não diagnosticarmos correctamente as causas aplicar-mos o remédio errado. E não, não proponho o fim da democracia. Proponho é um ataque consistente aos factos que provocam a sua falência nomeadamente a subjugação do poder politico ao económico e a falta de independência da comunicação social ela também um negócio - vista como tal - dois factos que minam os fundamentos de uma democracia de direito.
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