1.7.08

O pensamento nas mãos #3


Glenn Gould apresenta Sviatoslav Richter.

Maria João

5 Comments:

At 3:22 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Estimada Maria João

Não me deterei no mau gosto de terem dobrado o Glen Gould com um inusitado 'british accent', antes nas diferenças patentes entre os dois pianistas, ou mehor, entre quem comunica o que sente em partituras e entre quem racionaliza o texto musical e comunica o que acha que deve ser.
Entre o primeiro, Richter e o segundo, gould, ambos superlativos pianistas, temos nós a liberdade de escolher entre a uma interpretação sensitiva e outra cognitiva e, ainda assim a de podermos optar por cada uma delas consoante a 'mood' de cada dia.
Arte é isto, o intagibilidade do racional, o que deveria abster de perguntar 'o que é arte', mas sim 'onde há arte'.
Muito obrigado pelo vídeo.

 
At 3:36 da tarde, Blogger MJLF said...

Carlos Araújo alves: muito obrigada pelo seu comentário, eu confesso que amo as intrepretações sensitivas que Richter fez de vários compositores,deixam-me em tranze. Quanto ao Gould, associo sempre a Bach, tenho a senção que tudo o que ele tocou era sinónimo de Bach. São os dois muito diferentes e muito peculires, mas se tiver que escolher, prefiro o Richter, mesmo dependendo do mood de cada dia.
Maria João
PS: atenção, eu não sou pianista, sou uma mera ouvinte atenta!

 
At 1:32 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Segundo o que aqui afirma Glenn Gould, Richter consegue unir a capacidade de interpretação da estrutura interna da obra musical e intenções do compositor com a sua própria personalidade e espontaneidade. Concordo inteiramente com ele, e também admiro mais a expressão da modéstia de reconhecer a genialidade para além da sua própria genialidade. Quanto ao "british" postiço do Glenn Gould não me incomoda muito: sabemos que como canadiano de língua inglesa e estando ele muito documentado em suporte audio e vídeo, este não corresponde à realidade, mas o que conta neste caso é a mensagem.

SL

 
At 1:59 da manhã, Blogger MJLF said...

SL: obrigada, mais uma vez pelo seu comentário. Achei muito bonito neste video o Gould confessar que entrou em transe com a interpretação de Richter de Schubert, quando ele próprio não apreciava Schubert :)
Maria João

 
At 12:11 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Talvez por essa mesma capacidade única de Richter que Gould tanto admira e legitima: torna até a música menos fácil para ele igualmente interessante e atraente. Eu gosto muito de Schubert, e realmente os gostos são o que mais se discute. Este é mais um exemplo...

SL

 

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