Notas do Porto # 2
Para que a estória fique bem contada é preciso dizer: quando a Poetria (livraria quase exclusivamente dedicada à venda de livros de poesia, existe mesmo, é no Porto) abriu, deixei por lá cerca de 300€ em livros. Podia ter-me dado para pior, mas achei o projecto tão utópico que não resisti a contribuir para o peditório. À época, a senhora que me atendeu queixava-se da falta de clientela. Regressei lá hoje. Perguntei por um livro: não há. Perguntei por outro: ainda não chegou. Perguntei por um terceiro: ah! Esse há. Óptimo. E o quarto? Não. Mas aqui a resposta fiou mais fino. Era um livro da & etc, obra que, confesso, facilmente adquirirei a preço de amigo. Mas enfim… E não é que a senhora se me sai com esta: A & etc já não edita livros há mais de um ano. Ó senhores, queres ver que ando a sonambular! Então e a Inês Lourenço, e o Vasco Gato, e o Lear(icks), e, e, e, e, ? Ah, explica-se a senhora, é que falei com uma pessoa do meio que me disse que eles já não editavam há mais de um ano. Conclusão: a Poetria deixou de satisfazer um cliente que até não se importava de contribuir para a sustentabilidade do sonho. Ou seja, a culpa de não se vender/ler poesia neste país não é dos poetas, nem dos editores, nem dos livreiros. É das pessoas do meio.
5 Comments:
Puxa! Isso é que foi mesmo sorte! Tens de agradecer ao santinho, porque olha que eu cá bem queria mas não arranjei bilhete. Quanto às caras dos dEUS, in my dreams...
tudoisso porque nao vais a meia duzia de metros e encontras um excelente estante de poesia usada na nivraria lumier (tv de cedofeita) falas com a claudia
holeart, obrigado pela dica. fica para a próxima.
hehehe... Eu conheço essa livraria...
Não duvido, RMA: http://last-tapes.blogspot.com/2005/10/no-alfarrabista-da-travessa-de.html
:)
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