O meu coglioni esquerdo
O meu coglioni esquerdo sempre foi o mais descaído, talvez isso explique (cientificamente) uma propensão desmesurada para a sinistra. Quem não estiver a perceber, que leia isto: «A infeliz frase de Sílvio Berlusconi, ao qualificar como coglioni [testículos, em calão] aqueles que votarem no centro-esquerda, transformou-se na maior vitória da oposição…» Quem o garante é Manuela Paixão, correspondente em Roma do Diário Notícias, na edição de hoje do referido jornal. Em destaque, aparece ainda esta afirmação: «A designação coglioni transformou-se numa identificação que faltava nesta campanha eleitoral, dando vantagem à esquerda». Só podia, pois o esquerdo é sempre o mais avantajado. No entanto, não sei se repararam bem no parêntesis recto: testículos, em calão, que é como quem diz colhões ou, na sua forma mais aligeirada, tomates. Berlusconi só prova a sua banalidade metafórica, pois nós já estávamos fartos de saber que a malta de esquerda sempre foi a mais apessoada. Daí que se diga que Fidel os tem no sítio e que Bush os traz entalados na goela. Ter colhões, assim como ter tomates, é ter coragem. Ser de esquerda em Itália, segundo consta, equivale precisamente a ter coragem. Isto é, a ter tomates. Os meus é que já me vão faltando para tantos… pruridos… semânticos.
1 Comments:
Ai os companhões...
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