No entretanto do tempo é que o verde resiste
o interstício manso a prova do contínuo
que quebra o passo e mais que o acrescenta
o assegura; se a roda começou
e do metal a terra é estreita diminui
e de redonda à recta se afeiçoa
pelo verde o sabemos no intervalo
dum ponto a outro ponto
do recado
da boca a outra boca da fissura
entre o nome e o feito vertical.
No caule o facto osso e a semente
no espaço a obra de metal e a folha crua.
o interstício manso a prova do contínuo
que quebra o passo e mais que o acrescenta
o assegura; se a roda começou
e do metal a terra é estreita diminui
e de redonda à recta se afeiçoa
pelo verde o sabemos no intervalo
dum ponto a outro ponto
do recado
da boca a outra boca da fissura
entre o nome e o feito vertical.
No caule o facto osso e a semente
no espaço a obra de metal e a folha crua.
Maria Velho da Costa nasceu em Lisboa, no ano de 1938. Licenciada em Filologia Germânica, é uma das mais aclamadas romancistas portuguesas. Estreou-se com O Lugar Comum (1966), mas tornar-se-ia mais conhecida após a polémica em torno das Novas Cartas Portuguesas (1971), livro escrito em colaboração com Maria Teresa Horta e Maria Isabel Barreno. Autora de várias obras de prosa poética, contos, crónicas, análise social e teatro, foi galardoada pelo conjunto do seu trabalho literário, em 1997, com o Prémio Vergílio Ferreira. Em 2002 foi-lhe atribuído o Prémio Camões. Tem obras traduzidas para alemão, dinamarquês, francês, inglês e italiano. Desempenhou ainda várias funções de carácter cultural para o Estado português.
<< Home