Paranormal
Manuel Maria Carrilho foi ontem entrevistado por Mário Crespo na SIC Notícias. Como já milhares de weblogs dissertaram sobre o contraditório, depois do anão político com mais contactos por m2 na lusa-esfera ter, ao que parece, opinado exaustivamente sobre o que não havia lido, limitar-me-ei a registar o que ficou no ar: a intenção de um debate que, segundo Carrilho, vai ser feito a bem ou a mal. A bem ou a mal, certo é que o debate já começou a ser mal feito. Por exemplo, Nuno Rogeiro, também opinando sobre o que ainda não tinha lido, referiu um prefácio de José Saramago que nunca existiu. Na revista Sábado da quinta-feira passada, num dos cinco posts que aí publica, o conceituado «fazedor de opinião» brinca com as supostas teorias da conspiração que terão afectado, em tempos recentes, Santana, Ferro Rodrigues, arguidos do caso Casa Pia, Mário Soares, Alegre, Berlusconi, Prodi, Cavaco. Enfim... um graçola. Manuel Maria Carrilho diz que escreveu o livro para testemunhar uma experiência pessoal que possa servir a reflexão sobre o papel dos media numa democracia. Vai servir para tudo, menos para isso. Outro exemplo chega-nos do Diário de Notícias, onde João Miguel Tavares diz sentir-se discriminado por ter sido ignorado no livro. Não vai servir para nada, o livro. Ou melhor, vai servir apenas para os tais «opinion makers» continuarem a dar largas ao seu sentido de comediantes. O cidadão, tal qual o prisioneiro no fundo da caverna, permanecerá a ver a realidade sob o manto sombrio desta opinião cheia de graça. E nos entrecampos da perspectiva, muito do jornalismo que temos continuará a fazer-se à base de supostas fontes pseudo seguras a partir das quais se fazem as primeiras páginas que interessam a quem paga mais e melhor. O senhor esteja convosco.
2 Comments:
De acordo. Grotesco e apalhaçado, esse Tavares.
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