27.4.07

OK OK OK KO


Vou deixá-los aqui para não me esquecer de os ler um dia destes, mas a verdade é que já dei de mais para essa conversa estafada:

Não resisto, porém, a um nobre Fragmento do idealista Novalis. Nestas coisas da querela poética, cai sempre bem uma pitadinha de idealismo à laia de romantismo:

Existe em nós
um sentido especial para a poesia,
uma disposição poética.
A poesia é absolutamente pessoal,
e por isso indefinível.
Quem não souber nem sentir
de forma imediata
o que é a poesia,
nunca poderá aprendê-lo.
Poesia é poesia.
Diferente, como a noite do dia,
da arte da fala e da palavra.

A tradução é de João Barrento. A edição é da Roma. Os negritos são meus.

4 Comments:

At 1:40 da tarde, Anonymous Anónimo said...

prefiro criar a escrever sobre criar.

 
At 1:42 da tarde, Anonymous Anónimo said...

eu prefiro não criar e dizer que criei

 
At 1:49 da tarde, Blogger hmbf said...

mário, é uma boa preferência.

manuel, és sério e desonesto. :)

 
At 2:34 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Henrique,

Tomei a liberdade de preferir comentar (armada em comentarista que eu estou) mais acima, no seu post titulado: "1970: A GERAÇÃO DO IOGURTE".

Que bom que veio dizer também de si, do que pensa. Nunca são demasiados aqueles que insistem levantar o empedrado.
Mas bom, posso sempre fazer o copy-paste do que escrevi em cima, uma vez que também encaixa neste post:

Começo por citá-lo:
- "reverência castradora a estilos e géneros";
- "Apesar de não ser adepto de consensos";
- "confesso que não consigo não apreciar um livro só por ele ser mais óbvio ou mais hermético";
- "Eu gosto de comer de tudo um pouco";

E mais poderia citar, Henrique, para lhe mostrar, com suas próprias palavras, que, afinal, não anda tão longe do que eu penso quanto isso. Trata-se de ir beber a todas as fontes (como deixei bem claro no meu texto) e não a uma ou duas bicas.
E mais digo: se fosse possível fundar a Escola da Utopia e isso se fizesse (graças aos deuses que nunca será possível; e perdoe-me as parodias conventuais) eu saltaria fora e bateria a porta. Bam!
Este seu texto não diz diferente do que já foi dito por Ruy Ventura e é bom sabê-lo. O Henrique está tanto para a lógica da ilógica,como para vice-versa; tanto para a gramática da agramática, como para vice-versa . Também não aprecio tribos, mas aprecio, tal como o Henrique, o Ruy Ventura, a natureza onde combatem.

 

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