3.10.07

GREEN GRASS OF TUNNEL


E colho um tufo de erva do teu corpo, como-o, deito-me nele, sinto-lhe a humidade que ficou da última noite, quando nos deitámos e rebolámos e cruzámos, com insectos a medirem-nos a respiração, prostro-me sob a sombra do teu peito, deixo cair dos olhos alguns flocos de neve. Andamos sempre à procura de uma noite que não tem dias, uma noite sem sinais, candeeiros que reflectem a agitação dos mosquitos à queima-roupa. Andamos como uma letra despovoada, nos silos da ternura, a encostar um sopro a outro sopro. Nada nos cura.

2 Comments:

At 10:22 da manhã, Blogger carlos veríssimo said...

"nada nos cura"

à suivre

 
At 3:43 da tarde, Blogger hmbf said...

:)

 

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