Um poema* de Joaquim Manuel Magalhães e uma foto de Robert ParkeHarrison
Talvez Deus exista
para não haver terror.
Acordo além dos sedativos
com o que de mim não sei
no ferro dos pesadelos.
Os pombos entendem
quando vamos morrer,
atacam a janela,
o quarto ressoa
aos seus apelos,
plumagem rouca
na fraga fluvial.
E cumprimos o que somos
incapazes de ser.
* Selecção de Jorge Aguiar Oliveira
para não haver terror.
Acordo além dos sedativos
com o que de mim não sei
no ferro dos pesadelos.
Os pombos entendem
quando vamos morrer,
atacam a janela,
o quarto ressoa
aos seus apelos,
plumagem rouca
na fraga fluvial.
E cumprimos o que somos
incapazes de ser.
* Selecção de Jorge Aguiar Oliveira
2 Comments:
Grande poeta este, que por não gostar de participar em eventos de "Pousadas", "Correntes" e outras funções é tão mal lido e interpretado.
A foto é boa. Tem algo de caligrafia oriental.
Como diria ontem o MST do Sócrates: "Dou 17 valores, mas comparando com Santana e com Durão, até daria 27".
É que há para aí muito Santana e Durão, na Poesia...
eu ao ver tantos poemas de autores externos ao blog pergunto-me: aonde estão os direitos de autor?
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