ESPELHO
A visibilidade coloca as pessoas à mercê da mais mortífera das armas: o olhar. Estas pessoas transformam-se em alvos disponíveis, sujeitos a julgamentos invariavelmente fabricados à superfície de impressões, sensações, suspeitas completamente subjectivas. Deste modo, se eu olho alguém devo, pelo menos, admitir que aquilo que vejo não é o que alguém é nem mesmo o que aparenta ser. É apenas o que os meus olhos, obnubilados pela subjectividade das minhas impressões, conseguem ver. De olhar os outros à sombra dos nossos próprios vícios e defeitos, se fazem a maior parte das críticas. Nenhum espelho resiste à parcialidade.
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