7.11.06

Filosofia prática

Leio algures que o nosso corpo não é mais do que «uma gaiola feita de ossos, revestidos de carne embebida em sangue e mantidos juntos por tendões». Leio algures que «uma pele coberta de pêlos estende-se» à volta do corpo e que no interior do corpo «não se nos depara senão bílis, flegma e escória de excrementos». Dizem-me que somos fabricados a partir de uma substância viscosa a que se dá o nome de esperma. Dizem-me que vimos ao mundo pela mesma passagem que a urina. E tudo o que ingerimos se transforma em fezes. E um dia seremos pó. Depois disto, já não faz sentido continuar a perguntar: de onde vim, quem sou, para onde vou?

5 Comments:

At 7:35 da tarde, Blogger MJLF said...

vimos da porcaria! :))

 
At 9:00 da tarde, Anonymous Anónimo said...

sinto-me impelida a crescentar: ninguém me diz porque é que sinto? Para que sinto? Todos me mostram que o não devo fazer e no entanto acho mesmo que é isso que interessa no que fica entre de onde venho e para onde vou...

 
At 11:54 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Oh, quem te dera!

 
At 10:14 da manhã, Blogger DL said...

Uma versão um tanto ou quanto medievalista do corpo, não? Não acreditar em tudo o que se lê... :)

 
At 12:23 da tarde, Anonymous Anónimo said...

lutz: :0)

etanol: somos a ;-)

tânia pereira: quem te diz que não deves sentir só pode estar morto

anonymous: perdoe-me, mas a minha mãe não me deixa falar com desconhecidos

dl: eu acredito em tudo o que leio, na medida em que tudo o que está escrito é para ser acreditado :) se é verdade ou não, estou-me nas tintas ;-) quanto ao medievalista, o melhor é perguntar ao padre serras pereira ;-)))

 

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