UM HOMEM INCLINA-SE
Um homem inclina-se sobre o corpo nu de uma mulher
E estende lentamente sobre ele com a língua
Um líquido rosado
O corpo fica todo húmido brilhante e incendiado
Com os dentes faz logo aqui e acolá
O signo do amor
Pequenos pontos brancos que adornam a pele escura
A mulher fecha os olhos dilata as narinas
Às vezes para seu desgosto um suspiro entreabre os seus lábios.
Versão possível de HMBF.
E estende lentamente sobre ele com a língua
Um líquido rosado
O corpo fica todo húmido brilhante e incendiado
Com os dentes faz logo aqui e acolá
O signo do amor
Pequenos pontos brancos que adornam a pele escura
A mulher fecha os olhos dilata as narinas
Às vezes para seu desgosto um suspiro entreabre os seus lábios.
Versão possível de HMBF.

Emilio Adolfo Westphalen nasceu em 1911 no Peru. Poeta e ensaísta, estudou no Colégio Alemão de Lima, tendo ingressado posteriormente na Faculdade de Letras da Universidade de San Marcos. Obteve a Licenciatura em 1932. Passado um ano publicou o seu primeiro livro: Las ínsulas extrañas, ao qual se seguiu, em 1935, Abolición de la muerte. É um dos mais importantes poetas surrealistas peruanos. Dirigiu as revistas Las Moradas, Revista Peruana de Cultura e Amaru. O domínio de várias línguas (inglês, alemão, francês, italiano e português) permitiu que trabalhasse como tradutor para as Nações Unidas. Ocupou o cargo de Agregado Cultural da Embaixada Peruana em Roma. Em 1977 obteve o Premio Nacional de Literatura. É hoje considerado um dos maiores poetas peruanos do séc. XX, a par de César Vallejo, José María Eguren e Martín Adán.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home