4.10.05

O HOMEM QUE ERA HMBF


- Olá, tu chamas-te…?
- Hmbf.
- Não queria ofender. O nome, é só isso.
- Hmbf.
- Mal-disposto, pá. Esquisito!
- Não, não. Hmbf, até podes ver no meu último post, vem lá no fim.
- Tens alguma coisa contra as vogais, por acaso?
- Por acaso não. Elas também não têm nada contra mim. Que eu saiba.
- Isso não dá jeito nenhum pra dizer, pá. Tu deves ter alguma coisa contra as vogais.
- Não tenho nada, a sério. Vê lá, no outro dia encontrei um A e até nos demos muito bem.
- Se for o A de álcool não é má letra. Já o A de amor é uma letra difícil. São coisas.
- Pois, são letras…
- Tu deves ter alguma coisa contra as vogais.
- Não tenho nada. É consoante o que me vem à cabeça.
- Pois. Tens a cabeça cheia de consoantes. Depois, olha!
- Digamos que as outras não andam tanto em voga…no meu nome, só isso. Vê lá, amanhã se calhar até vou almoçar com um E. Se calhar.
- Vou dizer-te uma coisa.
- O poema sem consoantes? Isso já foi feito!...
- Sou candidato a vogal.
- Tens que ter cuidado que só há cinco vagas.
- Vogal da Junta. E esse poema fui eu que o escrevi!
- Eh pá, não gosto de eleições. Eu prefiro atirar as letras ao ar e elas que se entendam. Dou liberdade às minhas letras, percebes?
- Não.
- hmbf
- ?
- hmbf
- ?

Rui Costa

3 Comments:

At 4:46 da tarde, Anonymous Anónimo said...

bem, fez-me rir!
:)
A.

 
At 7:58 da tarde, Anonymous Anónimo said...

aparte uma certa tensao homoerotica ate que tem graca ;-)

 
At 8:02 da tarde, Anonymous Anónimo said...

o rato mickey?o outro comment foi exagerado(e plausivel que tenha sido da tal tensao):fez-me esbocar um sorriso va la...;)

 

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