8.12.05

Notas do Porto # 1

Estreei-me na Casa da Música a ouvir dEUS. O que, reconheça-se, é estreia auspiciosa. Sala boa para teatro. O rock, como a dada altura foi referido pelo rosto fronteiriço do senhor, pede salas suadas e rugosas. Não é o caso. As poltronas são demasiado brancas e mui iluminadas, sem copo de licor numa mão e charro na outra não há rock que resista. Um pormenor, não de somenos importância: na Casa da Música, os urinóis são para quem mija baixo! Dão-me pelos joelhos. Não bastava já ter que gramar com os ombros do lado, temos agora tudo escancarado ao deus dará. P.S.: porque creio no mortal quebranto, não era para revelar o que se segue (mas não resisto). No final do concerto, fui beber um copo. De regresso, por mero acaso, dei com três dos rostos de dEUS pela frente nas imediações da Casa da Música. Tinha os CDs todos no carro, trouxe-os autografados. Todinhos. Puro golpe de sorte. Há muito que não me sentia tão puto. Acho que me vou dedicar a caçar autógrafos.

4 Comments:

At 1:57 da manhã, Blogger CS said...

Puxa! Isso é que foi mesmo sorte! Tens de agradecer ao santinho, porque olha que eu cá bem queria mas não arranjei bilhete. Quanto às caras dos dEUS, in my dreams...

 
At 2:46 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Bem me apetecia ter ido convosco beber o tal copo, mas o trabalho do dia seguinte não permitiu.
Porreiro teres encontrado os tipos. Conheço a sensação. em 1998 também tive a oportunidade de trocar umas palavritas com o Tom Barman e pedir-lhe um autografo, enquanto este bebia uma coisa alcoolica tipica da queima de coimbra. A disponibilidade, o humor "I'm sick of seeing my name written. Can I sign Peperoni Humperdinckle?" (Assinou Tom Barman no meu bilhete da queima), etc, ajuda a perceber que estes gajos são genuinos (outras historias de enocntros com eles do meu irmão confirmam a ideia).
Pocket Revolution não sai do meu leitor de CDs. Acho que é um dos melhores albuns dos dEUS. Graças a dEUS tenho novamente esperança no rock, que já julgava irremediavelmnete perdida. É como dizes: Novamente adolescente com o prazer da descoberta.

 
At 4:28 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Caro asdrubal, quanto a Pocket Revolution já disse o que tinha a dizer. Não o considero assim taõ bom. Mas acrescento mais uma história, daquelas que me enevergonha para não mais esquecer: também estive nesse concerto da queima, e também estive não nos copos mas ao lado do Barman a beber copos. Depois dos dEUS tocava o Abrunhosa, uns grunhos atrás de mim passaram o concerto todo a gritar pelo Abrunhosa! Mas a estória é esta: à época eu ajudava um amigo num programa de rádio; esse meu amigo foi entrevistar os dEUS mas não conhecia o trabalho deles; eu tinha o worst case scenario gravado numa cassete que, sem que eu fizesse a minima ideia, tinha os títulos das canções deturpados; esse meu amigo pediu-me que lhe sugerisse uma pergunta para fazer aos dEUS; lá foi: eh pé, pergunta-lhe que estória é aquela do hotel lamouge!; o meu amigo, coitado, perguntou; eles primeiro ficaram espantados mas dewpois perceberam a gafe: não era hotel lamouge, era hotel lounge! foi uma "rizada", e eu nunca mais me esqueci da verginha. [:-)] saúde,

 
At 4:29 da tarde, Anonymous Anónimo said...

ia, cum caneco, tanto erro! afinal não era só a k7 que estava deturpada...

 

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