Não concordo com o Papa Eduardo, por muito que o considere. E essa afirmação carece de contexto. O poema É todas as formas geométricas. Todas elas estão contidas em nós,meros micro-cosmos de um macro-cosmos que ignoramos. Tudo que é grande e quase indefenível, porque se está sempre a re-definir -como o amor, a morte, o ser, a existência, é pluri-geométrico. Então a "Chuva Oblíqua"? I. L.
O contexto é o de uma crónica no Mil Folhas, dedicada ao Senhor Calvino de Gonçalo M. Tavares. Referindo-se aos livros que compõem este ciclo, EPC diz: «Estes livros são portanto produtos de uma verticalidade, sem nunca serem poemas (que é a forma "vertical" por excelência).» EPC vive destas manias, das verticalidades e das horizontalidades... Lembram-se do célebre caso do orgasmo vertical? Enfim... Quanto ao que importa, concordo em absoluto com a Inês. Eu diria mesmo que a geometria do poema é a não-geometria. Ou, dito de outra forma, a geometria do poema é a geometria da respiração, é a geometria da pastlha elástica que se nos molda na boca.
Só se ele se queria referir "Semiologicamente" ao eixo de Yakobson, onde a Poesia está do lado do eixo da sincronia e da conotação; por ex. a metáfora. E a linguagem denotativa está do lado da diacronia,da denotação, da sucessividade, no eixo horizontal. Se calhar são velhos ressaibros estruturalistas...que parece andam algo old-fashion... I
Ines: acho que era isso que EPC queria dizer, e realmente é, como diz, estruturalista old fashion, e dualista, e platonico. As vezes é dificil fugir do dualismo (caimos no oposto, como quando para fugir do lirismo exacerbado passamos a advogar a morte do autor) Mas realmente acho que o humor é uma grande forma de desconstruir.Rui Costa (so agora pude ver os comentários)
Essas "divisões" estão de facto ultrapassadas, mas não é o estarem ultrapassadas que lhes retira sentido. Quando o Rui diz «para fugir do lirismo exacerbado passamos a advogar a morte do autor», está, sem querer, a dar-lhes sentido. Como se a morte do autor se opusesse ao lirismo (ainda que mais exacerbado). É preciso ter cuidado com este tipo de contraposições, pois por vezes o antilirismo outra coisa não é senão um lirismo disfarçado. Saúde,
5 Comments:
Não concordo com o Papa Eduardo, por muito que o considere. E essa afirmação carece de contexto.
O poema É todas as formas geométricas. Todas elas estão contidas em nós,meros micro-cosmos de um macro-cosmos que ignoramos.
Tudo que é grande e quase indefenível, porque se está sempre a re-definir -como o amor, a morte, o ser, a existência, é pluri-geométrico.
Então a "Chuva Oblíqua"?
I. L.
O contexto é o de uma crónica no Mil Folhas, dedicada ao Senhor Calvino de Gonçalo M. Tavares. Referindo-se aos livros que compõem este ciclo, EPC diz: «Estes livros são portanto produtos de uma verticalidade, sem nunca serem poemas (que é a forma "vertical" por excelência).» EPC vive destas manias, das verticalidades e das horizontalidades... Lembram-se do célebre caso do orgasmo vertical? Enfim... Quanto ao que importa, concordo em absoluto com a Inês. Eu diria mesmo que a geometria do poema é a não-geometria. Ou, dito de outra forma, a geometria do poema é a geometria da respiração, é a geometria da pastlha elástica que se nos molda na boca.
Só se ele se queria referir "Semiologicamente" ao eixo de Yakobson, onde a Poesia está do lado do eixo da sincronia e da conotação; por ex. a metáfora.
E a linguagem denotativa está do lado da diacronia,da denotação, da sucessividade, no eixo horizontal.
Se calhar são velhos ressaibros estruturalistas...que parece andam algo old-fashion...
I
Ines: acho que era isso que EPC queria dizer, e realmente é, como diz, estruturalista old fashion, e dualista, e platonico. As vezes é dificil fugir do dualismo (caimos no oposto, como quando para fugir do lirismo exacerbado passamos a advogar a morte do autor) Mas realmente acho que o humor é uma grande forma de desconstruir.Rui Costa (so agora pude ver os comentários)
Essas "divisões" estão de facto ultrapassadas, mas não é o estarem ultrapassadas que lhes retira sentido. Quando o Rui diz «para fugir do lirismo exacerbado passamos a advogar a morte do autor», está, sem querer, a dar-lhes sentido. Como se a morte do autor se opusesse ao lirismo (ainda que mais exacerbado). É preciso ter cuidado com este tipo de contraposições, pois por vezes o antilirismo outra coisa não é senão um lirismo disfarçado. Saúde,
Enviar um comentário
<< Home