Eis o que resta
da minha pátria.
A mão que procura
Sem lógica amargura
o corpo desses mortos.
Já nem sei o que sou
no instante do crepúsculo
espaço frente ao tempo
eternidade ferida
entre o fim e o pranto.
Tumultuoso coração
diz-me, mãe,
com tua boca molhada
se a memória sustém
o lívido mundo.
da minha pátria.
A mão que procura
Sem lógica amargura
o corpo desses mortos.
Já nem sei o que sou
no instante do crepúsculo
espaço frente ao tempo
eternidade ferida
entre o fim e o pranto.
Tumultuoso coração
diz-me, mãe,
com tua boca molhada
se a memória sustém
o lívido mundo.
Ana Marques Gastão nasceu em 1962, em Lisboa. Iniciou a sua carreira literária com Tempo de Morrer, Tempo para Viver (1998), tendo-se-lhe seguido, entre outros, Terra sem Mãe (2000). Formada em Direito, é crítica literária e redactora cultural do Diário de Notícias. Editou no Brasil uma antologia pessoal intitulada A Definição da Noite (2003) e está representada em várias antologias. »
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