Cinema
Há momentos em que as cenas sucedendo-se não importam para nada, os planos a simularem um olhar autoritário e as sequências invertendo o sentido da realidade são apenas pretextos para sair de casa.
Há momentos em que o importante não é a fotografia projectada à velocidade dos olhos, nem o som das palavras ditas em silêncio e disposicionais. As palavras são sempre um mero pretexto para sairmos de casa.
Há momentos em que o mais importante não é a mulher da frente ajeitando o cabelo, o homem ao lado evitando a tosse, outro disfarçando a distracção de um telemóvel ligado ou ainda alguém atrás encolhendo-se no nosso conforto.
Há momentos em que a única imagem verdadeiramente importante é a da nossa sombra forçando-se numa contenção de lágrimas, como se fosse ridículo o medo que o fluxo dos olhos emana. Como se fosse um pretexto para não sairmos de casa.
Há momentos em que o importante não é a fotografia projectada à velocidade dos olhos, nem o som das palavras ditas em silêncio e disposicionais. As palavras são sempre um mero pretexto para sairmos de casa.
Há momentos em que o mais importante não é a mulher da frente ajeitando o cabelo, o homem ao lado evitando a tosse, outro disfarçando a distracção de um telemóvel ligado ou ainda alguém atrás encolhendo-se no nosso conforto.
Há momentos em que a única imagem verdadeiramente importante é a da nossa sombra forçando-se numa contenção de lágrimas, como se fosse ridículo o medo que o fluxo dos olhos emana. Como se fosse um pretexto para não sairmos de casa.
1 Comments:
tão simples quanto isto.Tal e qual.
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