pergunto-me, depois de olhar atentamente a pintura e de ter lido o texto linkado, o porquê do coração estar ausente do abraço dos amantes, sim porque é um coração que se mostra na frente do abraço, tenho certeza de que é um coração.... chamar-lhe casa? um abraço como planos que constrem um refúgio, sim porque num abraço sentimos que moramos no outro, que o habitamos, sentimos o conforto dos abrigos... não percebo é porque lhe retiramos o coração. abraços mutilados (e a expressão talvez seja demasiado forte mas n me ocorre outras) são como paredes que não sentem...
Um abraço que foi a casa, que faz parte da casa no tempo, são memórias, um coração que se uniu num abraço na casa,o coração não está ausente, são as artérias que unem os amantes num só coração, as paredes absorveram esse abraço, absorvem o passado, o coração está agora distante. A memória é uma espécie de morte em vida, as paredes contem fantasmas. Entretanto, a casa entrou em obras, as paredes foram pintadas, estão como novas, mas existem rastros que não desaparecem, golpes que estão por sarar, que não é possível ver nas paredes, mas que elas absorveram e sentem. Trata-se de uma história com presenças e ausências, uma história de morte e talvez resurreição. Maria João
joão, se há coisa que eu acho fabuloa no ser humano é a capacidade de regeneração... já reparaste como é perfeito o nosso corpo, hoje fazemos um golpe no dedo, amanhã o dedo cicatriza quase sem deixar marca...acho espantoso eu tb acho que morremos muitas vezes, talvez por isso inventamos a ressurreição - o espírito copia o corpo
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pergunto-me, depois de olhar atentamente a pintura e de ter lido o texto linkado, o porquê do coração estar ausente do abraço dos amantes, sim porque é um coração que se mostra na frente do abraço, tenho certeza de que é um coração....
chamar-lhe casa? um abraço como planos que constrem um refúgio, sim porque num abraço sentimos que moramos no outro, que o habitamos, sentimos o conforto dos abrigos... não percebo é porque lhe retiramos o coração. abraços mutilados (e a expressão talvez seja demasiado forte mas n me ocorre outras) são como paredes que não sentem...
Um abraço que foi a casa, que faz parte da casa no tempo, são memórias, um coração que se uniu num abraço na casa,o coração não está ausente, são as artérias que unem os amantes num só coração, as paredes absorveram esse abraço, absorvem o passado, o coração está agora distante. A memória é uma espécie de morte em vida, as paredes contem fantasmas. Entretanto, a casa entrou em obras, as paredes foram pintadas, estão como novas, mas existem rastros que não desaparecem, golpes que estão por sarar, que não é possível ver nas paredes, mas que elas absorveram e sentem. Trata-se de uma história com presenças e ausências, uma história de morte e talvez resurreição.
Maria João
joão, se há coisa que eu acho fabuloa no ser humano é a capacidade de regeneração... já reparaste como é perfeito o nosso corpo, hoje fazemos um golpe no dedo, amanhã o dedo cicatriza quase sem deixar marca...acho espantoso
eu tb acho que morremos muitas vezes, talvez por isso inventamos a ressurreição - o espírito copia o corpo
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