Não ir à bola
Quantas pessoas já morreram, quantas famílias foram destruídas, à conta de um ponto de exclamação? Eles riem-se, dão entrevistas, pousam para a fotografia, ajeitam a gravata, retocam o cabelo. Será que não lhes pesa a consciência? Não se sentirão atormentados pelas consequências nefastas das mentiras que proclamaram? Como sabe quem por aqui é assíduo, não voto em eleições que sirvam para eleger gente em quem já não acredito minimamente. Não acredito nos políticos, há muito me fartei das suas mentiras. Podem mudar no estilo que, na essência, são todos iguais. Sim, é isso mesmo, sou da família dos pacóvios para quem eles são todos iguais. Passa pela cabeça de alguém que essa gente queira o bem dos eleitores, dos cidadãos, das pessoas comuns? Passa pela cabeça de alguém que o seu quotidiano seja minimamente atormentado pelas carências daqueles que os elegem? Não acredito. Eles são apenas o pretexto que justifica uma sociedade arquitectada em função dos interesses económicos de uma meia dúzia que engorda à custa dos restantes. Não acredito neles e julgo masoquista acreditar neles. Pareço o Dias Ferreira a falar dos árbitros de futebol. Que fazer? Não sei, mas não votar é o mínimo que me resta. Assim como não ir ao futebol.
1 Comments:
Eu, então, ainda sou mais pacóvio: não acredito, mas ainda voto -- sob protesto, mas ainda voto.
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