9.2.08

IR AO GREGÓRIO

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“Um trabalhador que esteja cansado física ou psicologicamente – porque está mais velho, porque tem problemas familiares, porque trabalhar naquela empresa não era exactamente o que pretendia ou porque se desinteressou do trabalho – deve poder ser despedido por justa causa”, defendeu em conversa com o Correio da Manhã Gregório Rocha Novo, membro da direcção da CIP.

Não bastava o nome caricato, ainda tinha que proferir disparates destes. Mas este disparate é grave, porque é um disparate, como sucede com muitos disparates, defendido por muita gente com poder. Vir a ser possível uma coisa destas teria apenas um significado: uma regressão social catastrófica que atentaria contra os mais básicos direitos humanos. Sentir-se um homem ameaçado pelo desemprego porque tem problemas familiares, ou porque se sente cansado física e psicologicamente, não é mais do que reduzir o homem à sua utilidade produtiva. Não me recordo agora quem dizia e onde se dizia que o trabalho salva, mas desconfio que seja essa a opinião deste Gregório. Uma opinião tão grave quanto se torna cada vez mais objectivo que:


O artigo aqui reproduzido saiu no suplemento Economia, do jornal Público, de sexta-feira, 8 de Fevereiro de 2008.

1 Comments:

At 12:32 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Não há nenhum Ravachol ou Jean Grave neste país que pendure este Gregório pela tomatada dum andaime para baixo?

 

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