Fragmentos # 1 - Auto-retrato
Olhei essa entidade. De mim, explicaram-me palavras na parede, recordações de água. O espelho descobria, fascinada, uma pessoa, aparição fulminante. Ele e um outro anunciavam a planície viva. Do muro, a realidade fitava-me em adulta: és tu sombra, possível eu. Imaginara qualquer reflexo longe, o eco batia comigo no sítio onde voltei apenas voz. Agora acreditava ser de espelho, com a face vira o olhar em vidro. Então, respondia, amigo de medo. Explicaram-me tarde o dever. Setembro mostra o cuidado que é próprio de ser no outro. Também me levantei, como da primeira vez. Dormíamos, desde sempre nos olheiros, individualidade, gruta ao espelho. Então, achava que nas primeiras vezes, não vemos. Os olhos na planície escura, alguém perguntava. Diante das manhãs repetia, longe reflexo. O eco via em mim desejo de ser voz. Um banco ao lado, coisa que até entendia, por cima desse muro sozinho. Olhei os anos, lenda misteriosa, olheiros sonoros. Repetiria com cada irmão o alarme de uma indiferença de mim: espelhos irmãos no monte mãe. Coloquei-me no guarda-roupa onde existem. Ser só, o muro vivera. Assim ignorava, absolutamente, o nosso quarto. Era apenas som. Onde me metia, voltava do pátio, lá me excedi. Cumpri, irmãos, o muro dizia. Eu vi o eco no monte. Mas quando achava que era eu, subia o banco para ver o que tinha. A voz era ser dessa entrada de não poder levar. E vi e volta. Um amigo que vivesse assim da nossa vez.. És muito, porque em seu reflexo estava. Apenas um mês e eu mais anos, para nada, onde estás? O que fazer? Ricochete donde era, perigosa casa habitava, um local perto de fixar. Os meus, quem pode agora, tenho uma inteira espécie de eco. Deitei-me em mim e lembro-me vivo desse eco são. O eco era eu.
Maria João
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