Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.
A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós-próprios.
Suave é viver só.
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.
Vê de longe a vida.
Nunca a interrogues.
Ela nada pode
Dizer-te. a resposta
Está além dos deuses.
Mas serenamente
Imita o Olimpo
No teu coração.
Os deuses são deuses
Porque não se pensam.
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.
A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós-próprios.
Suave é viver só.
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.
Vê de longe a vida.
Nunca a interrogues.
Ela nada pode
Dizer-te. a resposta
Está além dos deuses.
Mas serenamente
Imita o Olimpo
No teu coração.
Os deuses são deuses
Porque não se pensam.
Ricardo Reis nasceu em 1887 (desconhecendo-se o dia e o mês) no Porto. Médico de profissão, residiu a maior parte da sua vida no Brasil. Homem de estatura baixa, embora forte e seco, Reis usava a cara, de um vago moreno mate, rapada. Educado num colégio de jesuítas, foi para o Brasil em 1919, pois se expatriou espontaneamente por ser monárquico. Foi um latinista por educação alheia, e um semi-helenista por educação própria. A obra do Dr. Ricardo Reis é sobretudo composta por Odes de teor neoclássico, que foram sendo escritas como reacção ao romantismo moderno e contra o neoclassicismo à Maurras.
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