5.2.06

Esclarecimento

Acabadinho de chagar a casa, dou de olhos com um post de Jorge Melícias que me vou (quase) abster de comentar. Quero apenas esclarecer que o meu post intitulado Do Arrependimento (3 de Fevereiro) nada tem que ver com o post intitulado Toupeiras há muitas (29 de Janeiro). O primeiro estava escrito desde o dia 27 do mês passado para sair, no número de Fevereiro, numa revista cá da terra onde publico uma “crónica” mensal. Quanto ao resto, nem uma palavra. Cada qual interpreta como quiser. Eu acho que fui bem explícito. Aliás, devo ter sido tão explícito que Eduardo Pitta, no seu post Do Puritanismo (31 de Janeiro), por certo de forma inconsciente, acabou por dizer o mesmo que eu: «Sempre assim foi, sempre assim será.» E por aqui me fico, que o Melícias não me merece mais conversa do que esta.

20 Comments:

At 10:33 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Li o post no da literatura... nem é meu costume fazer comentários a este tipo de coisas, mas achei (no mínimo) de mau tom.

Aurora

 
At 10:43 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Olha, eu para te ser sincero até achei piada. Já me meti com o Melícias tantas vezes, é engraçado que só agora ele me tenha dado corda. Infelizmente, equivocando-se. Mas pronto... Fiquei só com uma frustração. Porra, eu acho que merecia insultos de outro calibre. O tipo deve-me ter mesmo em parca conta. E lá estou eu a contradizer-me. Tinha dito que não comentava e…

 
At 11:36 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Dar ouvidos a grunhada do tipo Melícias é alimentar a pão de ló o ego de asnos nascidos para puxar carroça alheia, que nem sequer é deles a carroça que puxam.
Mais vale deixá-los entregues à xaroposa ilusão de que os seus argumentos são fulminantes. A coices de burro, chão de cimento, como diz o ditado.

JMS

 
At 9:36 da manhã, Anonymous Anónimo said...

O Ressentimento

O ressentimento age de modo deliberadamente unilateral. Muitas vezes sem que o próprio dê por isso. O ressentimento funda-se na frustração da alma, na impossibilidade de respirar perspectivas antes sonhadas, no desencanto que não se aceita. O ressentimento recusa o outro, recusa a colegialidade de opiniões, recusa o contraditório ou até a sanidade da crítica. O ressentimento luta e vive com fantasmas, luta e vive com figuras imaginárias que preenchem quixotescamente o vazio deixado pelo desaire. O ressentimento já nem sequer habita neste mundo, tal como os místicos que o encaram como mero trânsito e portanto apenas aspiram aos deuses ou ao além. O ressentimento é violento e tende a recusar a democracia. Não a aceita, no fundo, nem como uma espécie de mal menor. O ressentimento tende a encontrar no seio da democracia aquilo que é próprio da monstruosidade, do abjecto e do terrorismo. Faz-lhe jeito que assim seja. O ressentimento adora trocar os termos e concede imunidade e compreensão aos cultos da morte que brotaram com visibilidade no mundo do pós-11 de Setembro. O ressentimento prefere apontar para o terrorismo e para a barbárie, ao apontar para a democracia (onde vive com liberdade suficiente para o poder fazer). O ressentimento é o autismo do século. O ressentimento é a aridez retórica que mais notícias cria no dia a dia. O ressentimento é uma praga. O ressentimento é uma cegueira. E sendo isto tudo, imagine-se que o ressentimento pode ser nobel, deputado, lente, cronista e o mais que se quiser. O ressentimento anda por aí, muito activo e praguejador. O ressentimento alia o reverso do clã sebástico ao velho do Restelo sem rio para olhar. O ressentimento é um Peter Pan sem causas que inventa o que for preciso para fingir que defende causas. O ressentimento é um fingidor que detesta a poesia. O ressentimento é um dos maiores opositores da democracia. O ressentimento é realmente um grande sacana, cheira a mofo e odeia definitivamente a Primavera.
In Miniscente (http://luiscarmelo.blogspot.com/2004_03_01_luiscarmelo_archive.html#108021539534312532)

 
At 9:51 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Em relação a este assunto só tenho uma coisa a dizer: o nome melícias faz-me ficar mais enjoada que a minha gravidez.

 
At 3:34 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Lá costuma dizer a minha mãe- o ressentimento é o veneno que tomamos à espera que os outros morram.
:) má opcção!

Aurora

 
At 4:51 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Tenho estado com gripe, desde há uns dias e só hoje dei uma olhada a alguns blogs.

Quanto ao abade malícias, consta que é algo aguerrido no trato com os "colegas". E,coitado, tem a mania que a Poesia é o que ele pensa, servindo-se de duas ou três citações, que leu mal, em ordem a se pensar um vate iluminado "não sou eu que escrevo, algo escreve por mim". E o pior é que toda a gente tem que pensar o mesmo. Senão vai para o seu caixote do lixo, que é muito superior a ele próprio. E não nos esqueçamos de que sofre de uma confusa helderite, com petromax nos pulmões e outras tolices.
Em matéria de "canastrões" e amigalhicesa em meios críticos e académicos, a começar pela lusa atenas e a continuar noutros, seria melhor remewter-se a um silêncio decente, porque há gente que não anda a dormir.

Quanto ao "Insónia" é um blogue que pela latitude de temáticas que aborda e pela enorme liberdade e coragem das suas opiniões é um dos meus preferidos. e-se bem que o homem não se vende a paróquia nenhuma. Deve ser por isso que ainda nenhuma editora lhe publicou, pelo menos uma selecç~«ao de poemas. Pois vejo frequentemente inúmera merdice "poética" e não só entrar pela porta do cavalo das afinidades electivas, sexuais, políticas, académicas, etc.

 
At 4:58 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Corrijo:

Vê-se bem que o homem não se vende a paróquia nenhuma.

 
At 5:36 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Caro anti-cânone, obrigado pelo seu comentário. No entanto, obriga-me a mais um esclarecimento: nenhuma editora me publicou uma selecção de poemas por duas razões que já expliquei outrora. 1.ª porque os dois livros que até hoje tentei publicar eram tão maus que não se justificava a sua publicação (no caso do primeiro, rejeitada na totalidade; no caso do segundo, aceite por duas editoras em circunstâncias que não me agradavam); 2.ª porque eu não quis.

 
At 9:20 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Maria Aurora Soares da Silva
b.i. nº 9458893, arquivo geral de Lisboa
Filiação: João da Silva
Arminda Soares
Naturalidade- Porto
Nacionalidade -Portuguesa

depois podem-me chamar canalha mas nunca mais anónima.
ps: continuo a achar que é de mau tom!
Aurora

 
At 10:07 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Ó Henrique! É verdade o que diz o DR. Melícias, que você anda a responder a uma "canalha anónima que gravita" não sei onde? Eu, sinceramente, não acredito que você faça isso. Você deve ser como eu: responde, sim, mas a afirmaçoes feitas de palavras, de ideias e de conceitos. Certamente não responde à pessoa que fez essas afirmações. Absurdo seria, de resto, responder a pessoas quando o facto é que, numa caixa de comentários, não há pessoas nenhumas, há vozes. E são essas vozes dizem coisas, coisas essas que depois suscitam (ou não) respostas.
Claro que todos nós suspeitamos que por detrás de uma voz há-de existir uma pessoa, ou duas, ou um colectivo de pessoas (quem sabe?); mas isso para nós é indiferente. As afirmações que essa voz possa fazer não perdem sentido pelo facto de desconhecermos o lugar de onde emanaram. Mas isto só o sabe gente bué da filosófica como nós, gente com algumas noções de filosofia da linguagem.
O Dr. Melícias, que só responde a vozes com nome (isto é, que responde a nomes e não a frases), deve trabalhar para a polícia secreta: os da secreta é que gostam sempre de saber tudo - quem disse o quê e a quem e a que horas.
É o snobismo típico dos tugas, que gostam sempre de saber com quem é que estão a falar, para não correrem o risco de se equivocarem e responderem a um trolha com solicitude que costumam reservar para um ingenheiro.
JMS

 
At 11:49 da tarde, Blogger jm said...

deus, o destas terras ou o das de alá, é parco em reconhecimento prático. em teoria ficamos todos bem na fotografia.

continuo contra os líricos, porque se acham cruzados.

 
At 12:33 da manhã, Anonymous Anónimo said...

JMS,

Não se9i quem você é, mas teve uma boa lembrança. Como, de resto são acertadas as suas palavras, daquele acerto de que vale apena gostar. o da ausência de resasentimentos, pedantismos, negócios e meneios.
A idia é que o Mel. já deve ter "pedido ao titio para activar "algum anátema...pois a ele só interessa QUEM PODE". O que se nota é que não sabe pensar nem ironizar com finura e gozo e só sabe atirar palavras "musculadasa" tipo "canastrão e "canalha", que visivelmente só têm efeito de
"boomerang".

Parece que o "anti-cânon" já mandou um mail ao hmbf, identificando-se. Esbirros dos "ÉGUS" virtuais, sequestrai o hm para ele revelar, sobre tortura, quem é a "canalha".
Mas o anti-cânon tem razão. Eu já vi blogues no para-peito, editados em livro. Nem precisamos de chegar à Poesia...

 
At 12:42 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Peço desculpa das gralhas. É a pressa do pouco tempo que tenho para o recreio...
ppp

 
At 1:10 da manhã, Anonymous Anónimo said...

É verdade o que diz o DR. Melícias, que você anda a responder a uma "canalha anónima que gravita" não sei onde?

A canalha é a canalha é a canalha.

P.S.: canastrão, s. m. canastra grande; (fig) mulher alta e desajeitada. (De canastra).

Nesta coisa dos insultos, ainda tenho muito que aprender. Mulher alta e desajeitada? Olaré!

 
At 12:28 da tarde, Anonymous Anónimo said...

mas o melicias nem conhece a acepcao corrente de provocacao:decidir o que e uma provocacao depende em exclusivo do emissor.mesmo se formos a qualquer outra acepcao confirmaremos a ignorancia deste nosso amigo no seu comentario pois nao se limitou a ser um esclarecimento necessario.

 
At 1:25 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Sr. hmfb,
perdoe a intrusão. Teve o meu camarada p.c. a feliz ideia de em boa hora acrescentar a uma polémica da semana passada, em que também participou, uns candentes versos de António Nobre. Talvez se tenham revelado oportunos, visto que o grande poeta fez há dias a sua muito esperada aparição neste excelso blogue. Na mesma senda, não resisto a citar um excerto que vem a eito do poema "A Canalha", de outro autor até agora por si, decerto inadvertidamente, negligenciado:

Vai prolongada a dissonante orgia.
No silêncio da noite intensa e fria,
Vem uns ecos perdidos de batalha,
Como uns ventos do norte impetuosos.
- São os passos, nas trevas, vagarosos,
Os passos da CANALHA.

(...)

Vão talvez vir os tempos desejados!
- E, então, por vossa vez, ó reis sagrados,
SAÚDE AOS MALTRAPILHOS!

(as partes em caixa alta deviam ser em itálico, mas não dá)

 
At 1:27 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Agora fui eu que me inadverti. O autor é Gomes Leal.

 
At 6:39 da tarde, Anonymous Anónimo said...

se eu nao fosse anonimo o que e que se poderia contra mim,que raio de pe de igualdade seria?agora sem hiperboles:gosto da poesia dele(o que nao e grande elogio ja que aprecio toda a arte pois per si nunca prejudica ninguem e mesmo a pior e sempre sempre melhor que nada portanto nunca se deve despreza la.) embora seja muito epigonal.
fiz questao de dizer isto porque nao quero parecer odiar(o odio o rancor pode ser necessario pode ser bondade mas aqui nao e caso para tal como e claro: seria extremamente desproporcionado) o rapaz:as minhas hiperboles sao divertimento adolescente que para la de me divertirem tem o intuito de atraves do excesso com que critico os outros aclarar-lhes o excesso com que criticaram:menos com menos da mais...
p.s:o hmbf e mais inteligente que ele:tlim-tlim:e o vencedor e...HMBF! :)

 
At 6:29 da tarde, Anonymous Anónimo said...

porra somos um Povo feliz! temos um ali ba ba que nos tiratudo. Vejam so que a beira mar onde os reformados de todfos os extractos SOCIAISse reuniam a PESCE ( peixe n ha) todavia havia o conviviu. Ainda falam do SALAZAR! ja n se pode estacionar o carroemlado nenhum! seja junto a apanhar seja nacidade. TUDO E DELES1 meia duzia de individuos que nunca fixeram nada da vida.

 

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