22.3.06

Reflexões cépticas

A liberdade ainda te piscou o olho
- só umas três ou quatro vezes, não penses –
com dulcíssimas promessas que nunca se cumpriram.
Aquele dia na feira sem os teus pais
inaugurou o engano:
um cândido fragor entre a multidão:
consagrou-o um café a meio da tarde
durante as horas de aulas.
O que veio depois já tu sabes:
a liberdade não se consome
e, como num comboio de corda,
aproxima-se incitante e mentirosa
com promessas calorosas que vêm e remetem
para promessas calorosas que remetem
para promessas calorosas.
Tradução de José Colaço Barreiros.

Inmaculada Moreno
Inmaculada Moreno nasceu em 1960 em Puerto de santa Maria (Cádiz). Professora de Filologia Hispânica, deu-se a conhecer com a obra Son los Rios, vencedora do prémio Ciudad de San Fernando, em 1998. Representada em várias obras colectivas, tais como Ellas son la tierra (2001) ou Madrid 11-M (2004), possui igualmente colaboração espalhada por diversas revistas literárias. São disso exemplo La Ronda del Libro e Nadie parecia. Participou no n.º 2, de Maio de 1998, da revista de literatura Canal.

3 Comments:

At 5:38 da tarde, Blogger maria said...

Essa, é cá das minhas. :)

 
At 5:51 da tarde, Anonymous Anónimo said...

porquê?

eu cá acho
que ela tem
menos luz :O)

 
At 10:30 da tarde, Blogger E. G-Máiquez said...

Gracias. Estaba buscando un poema de Inmaculada Moreno en la red... ¡y lo he tenido que encontrar en portugués! Conozco el poema, y queda precioso en vuestra lengua.

 

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