São sinais de uma tristeza
profundíssima e remota:
a “patada no peito”
e a saída na espera.
Ca-
pitulação
capitólios, pitulinas
kaputos & kaluandas
turras e pulas
e o resto da merda toda
a fermentar no contentor da História
aonde os “vagabundos da verdade”
vêm sondar
os detritos do sonho.
Tem muito filho-de-puta a povoar a crónica.
As criaturas honestas
estão sentadas na sua honestidade
e já agora aproveitam
para ficar quietas
enquanto os outros garantem
o produto nacional.
Se houver cerveja
manda-me chamar.
Talvez encontre então
razão para festas.
profundíssima e remota:
a “patada no peito”
e a saída na espera.
Ca-
pitulação
capitólios, pitulinas
kaputos & kaluandas
turras e pulas
e o resto da merda toda
a fermentar no contentor da História
aonde os “vagabundos da verdade”
vêm sondar
os detritos do sonho.
Tem muito filho-de-puta a povoar a crónica.
As criaturas honestas
estão sentadas na sua honestidade
e já agora aproveitam
para ficar quietas
enquanto os outros garantem
o produto nacional.
Se houver cerveja
manda-me chamar.
Talvez encontre então
razão para festas.
Ruy Duarte de Carvalho nasceu em 1941. Angolano de origem portuguesa, antropólogo doutorado pela École des Hautes Études en Sciences Sociales, Paris, é poeta com obra iniciada em Chão de Oferta (1972) e prosseguida em A Decisão da Idade (1976), e Observação Directa (2000), entre outros. Autor ainda de duas obras de ficção, Os Papéis do Inglês (2000) e Como se o mundo não tivesse Leste, obra publicada pela primeira vez em 1977. Professor da Universidade de Luanda, foi Professor Convidado na Universidade de Coimbra e da Universidade de São Paulo. »
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