2.10.06

Praxe

No regresso a casa, ainda no átrio da escola, um jardim transformado em arena. Têm os rostos burlescamente pintados, rebolam-se pelo chão, tentam fazer o pino, zurram, enfiam-lhes umas orelhas de burro em papel pela cabeça abaixo, humilham-nos, obrigam-nos a cantar ordinarices várias. E riem e acham graça e divertem-se. Não me peçam que seja contra os touros, enquanto houver nas universidades tanta gente de quatro patas.

28 Comments:

At 6:16 da tarde, Anonymous Anónimo said...

É só um ritual de passagem...

 
At 6:36 da tarde, Blogger hmbf said...

É uma merda de ritual.

 
At 10:12 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Para ti. Vive e deixa viver.

 
At 10:14 da tarde, Blogger hmbf said...

Yah. Vão ao cu à minha filha e eu na boa, vivo e deixo viver. Yah, meu. 'Tá-se bem.

 
At 10:41 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Estás-te a passar? Estava a tentar ser tolerante, relativizar e tu agrides desta maneira?
Não deves andar bem. Deixa, eu não volto a manifestar-me.
Estás a destruir a boa imagem que tinha de ti.

 
At 11:35 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Eu não gosto dessa coisa a que chamam Praxe.
Mas....ainda assim não posso concordar com a opinião de sua excelência H.F.
E concordo plenamente e concordo até certo ponto com o ditado referido....
MAs sua excelência HF terá de concordar que a Universidade em questão, tem uma praxe que, quando comparada com as de outras sobejamente conhecidas, é ridicula e insípida...
Além de que os próprios veteranos(os gajos que praxam, não sei porquê, denominam-se veteranos) do local de ensino em questão sabem que lá passar todos aqueles anos.....é um castigo mais que bem conseguido e que deixa certamente mazelas superiores a qualquer praxe!

 
At 11:53 da tarde, Anonymous Anónimo said...

CORRECÇãO

".....opinião de sua excelência H.F.
Não concordo plenamente e concordo APENAS até certo ponto com o ditado referido....
MAs sua excelência HF terá de concordar que a Universidade em questão....."

'tá a correcção feita...


já agora um apontamento à margem....o HF parece andar a tornar-se no que criticava há apenas uns anos atrás...aquele que dizia aos outros para serem tolerantes.... agora quem tinha razão? ( sem querer insultar).

 
At 11:43 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Não foi por acaso que nos idos de 69, em que o pessoal pensava e queria «mudar a sociedade», em que procurava a verdade fora dos muros da universidade, em que fermentava uma verdadeira mudança que culminou em 74, não foi por acaso que a praxe (que nem sequer existia em Lisboa)foi considerada em Coimbra um divertimento de filhos-famílias reaccionários e situacionistas. Então, a praxe da rapaziada era vista com um sorriso cúmplice e divertido por suas excelências os ministros marcelistas. Depois disso, o retrocesso não parou mais e a praxe impôs-se como o divertimento mais chunga e fascistóide que se possa imaginar. Já não é elitista como nos anos 60, claro, mas também não é minimamente democrática.
fguerra

 
At 11:54 da manhã, Blogger hmbf said...

É isso, F Guerra. É isso tudo. Nada de tolerância para esses fdp.

 
At 3:51 da tarde, Anonymous Anónimo said...

como referi anteriormente , apenas concordo em parte com as praxes....sim, concordo com as praxes efectuadas na AESBUC, caro HF.
O que não significa que concorde com as praxes em geral, concordo sim com a praxe efectuada pelos veteranos na AESBUC, que eu sei ser um exercicio de aproximação ou de criação de laços e não um de criação de elites.
E já agora.... a intenção não foi provocar.
Mas já 'gora só quero dizer mais uma coisa....o Saramago escreve sem vírgulas e ganha um Nobel.....eu ,num mero blog, posso dar-me ao luxo de escrever sem acentos.............eu e todos os que assim o desejarem.....Não?

 
At 6:35 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Por pessoas como você que queriam impor a sua visão do mundo é que isto está tudo f$%&%&. Se pudesse proibia?? Graças a Deus que não pode e olhe que eu não gosto nada de praxes e afins mas aceito que haja quem goste.
Não sabia que a intolerância reinava por aí.
João Almeida

 
At 7:30 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Os exemplos que deu são absurdos porque está a comparar o incomparável.
Para além disso, ninguém é obrigado a ser praxado. Olhe, eu recusei-me a sê-lo e não veio nenhum mal ao mundo por causa disso nem fui ostracizado pelos colegas depois. E tenho amigos que foram à praxe toda e adoraram (a maioria). Por isso não extrema argumentos que isso não abona muito em seu favor.
João Almeida

 
At 8:19 da tarde, Anonymous Anónimo said...

só mais uma vez.....
peço desculpa...mas é que eu muitas vezes escrevo demasiado rápido e então as faltas de acentos acontecem.
Se não era para mim...então melhor....(hehe)
HF o seu último comentário deixou-me mais elucidado em relação á sua ideia....mas ainda assim o J.Almeida tem a sua razão....porque a malta pode simplesmente recusar......e ainda mais na AESBUC nunca seria olhado de lado....a malta iria certamente bricar uns dias com a situação..............mas ficava por ai....
Quanto á minha identidade....eu gosto sempre de manter um anonimato disfarçado...com pistas nada subtis....assim quem sabe quem sou, sabe e mais nada....se as vezes nem eu sei quem sou....!
E Obviamente o HF sabe quem sou, mas isso para nada interessa no mundo dos blogs..

 
At 8:31 da tarde, Anonymous Anónimo said...

As descompensações psicóticas podem ser precipitadas por situações de stress. Mas é preciso um terreno prévio predisponente. A praxe não é em si uma causa. Podem-no praxar à vontade que se não tiver esse terreno nada acontecerá. Agora se o tiver tanto pode ser a praxe como o stress dos exames a precipitar a descompensação...Esse argumento como vê também não é muito sustentável.

 
At 8:52 da tarde, Anonymous Anónimo said...

E eu sou Psiquiatra. Os psicólogos nem a psicopatologia básica sabem quanto mais as bases biológicas das esquizofrenias, sem ofensa para a sua mulher. Mas eu já perdi demasiado tempo aqui. Fique bem.

 
At 9:45 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Crimes de ofensa à integridade física qualificada, coacção e injúria. Praxes em Santarém dão origem a acusação do Ministério Público.

Andreia Sanches
PÚBLICO

O caso de Ana Francisco, a aluna que no ano passado se queixou de "tortura" nas praxes na Escola Superior Agrária de Santarém, poderá vir a ser julgado em tribunal. O Ministério Público acusou sete pessoas, seis das quais eram membros da comissão de praxes no ano lectivo 2002/03. O outro arguido era um aluno veterano da escola.

Os jovens que pertenciam à comissão de praxes são acusados de crime de ofensa à integridade física qualificada; o veterano é acusado de coacção e injúria. Pelo menos alguns deles já não frequentam a escola. Todos foram sujeitos a termo de identidade e residência.

Tal como Ana Francisco, os arguidos requereram, em Setembro, a abertura da instrução - um juiz deverá agora decidir ou não a pronúncia. Se o caso for a julgamento, tratar-se-á de uma situação que, se não é inédita é, no mínimo, pouco comum, como explicou ao PÚBLICO Tiago Gillot, membro do Movimento Anti-tradição Académica (MATA). "Não me lembro de nenhum caso de praxes que tenha chegado ao tribunal", refere Gillot que, no ano passado, apoiou a jovem nas denúncias.

Na opinião do membro do MATA, "é extremamente importante que o processo vá a tribunal, depois da coragem que Ana revelou para denunciar os abusos de que foi alvo".

Foi em Fevereiro de 2003 que Ana Francisco, caloira da escola de Santarém, escreveu uma carta ao então ministro da Ciência e do Ensino Superior, Pedro Lynce, onde denunciava as praxes a que dizia ter sido sujeita. Queixou-se ainda à direcção da escola e à PSP.

Na exposição enviada ao ministro e noticiada pelo PÚBLICO a 18 de Março do ano passado, explicou como fora sujeita a uma sucessão de praxes que considerou uma verdadeira "tortura". "Durante os nove dias (primeiros de estada na escola...) o meu espanto aumentava: 21 horas diárias a sermos nós, os caloiros, vítimas de praxes consecutivas", que passavam por não poder falar ao telefone e fazer flexões.

No dia 8 de Outubro de 2002, juntamente com mais 30 caloiros, Ana foi levada por membros da comissão de praxes para uma quinta de que a escola é proprietária. O facto de ter atendido um telefonema da mãe terá originado uma discussão com os praxistas que precipitou os factos que fizeram com que Ana viesse a apresentar queixa.

"Continuavam a gritar expressões como 'porca', 'ovelha', que não merecia o almoço que tinha comido, que devia era comer merda", relatou a jovem, na altura com 22 anos, na exposição a Lynce.

Entre outros castigos, foi-lhe ordenado que se ajoelhasse sobre as palmas das mãos. "Um veterano foi buscar dois sacos de esterco de porco e, sendo escolhidos quatro dos 30 caloiros presentes, foi-lhes dada a liberdade de me esfregarem com esse esterco (...) camada sobre camada, esfregaram-me a cara, pescoço, peito, costas, barriga, cabelo. Fiquei muito assustada, sem possibilidade de pedir apoio, perdi a noção do tempo, tive momentos em que nem sabia onde estava", relatou na altura, na mesma carta.

Ana contou que já na escola foi levantada pelas pernas e colocaram-lhe a cabeça sobre excrementos de vaca que estavam dentro de um bacio.


Para o Ministério Público, os arguidos terão agido de forma livre, deliberada e consciente, sabendo que as suas condutas eram proibidas e punidas por lei. Mas Ana Francisco, que acabou por pedir transferência de escola, não está satisfeita. Em Setembro passado requereu a abertura de instrução e no requerimento dá conta da sua discordância relativamente aos termos da acusação.

Entende que foi sujeita a actos que podem configurar outros crimes (para além dos que constam da acusação), como ameaça ou sequestro. Mas o Ministério Público mandou arquivar essa parte dos autos. Agora, cabe ao juiz pronunciar-se.

Contactada pelo PÚBLICO, uma das arguidas fez saber que, por enquanto, nem ela nem os colegas fazem comentários. "Ainda não sabemos se vamos a julgamento ou não e o caso está em segredo de justiça", explicou.

Os acusados chegaram a ser alvo de dois processos disciplinares: um da escola, outro do Instituto Politécnico de Santarém, onde está integrada. Este último determinou a suspensão dos alunos por um período de 15 dias.

 
At 9:49 da tarde, Anonymous Anónimo said...

A praxe na Universidade dos Açores (UA) foi esta semana suspensa pelo reitor, Vasco Garcia. Não houve "nenhuma reclamação oficial de eventuais abusos cometidos por veteranos", mas a sua decisão baseou-se "na defesa da imagem da instituição", justificou, já que algumas notícias davam conta de "casos que não têm justificação possível no âmbito da tradição de bem receber os caloiros".

Em causa estiveram, sobretudo, diversas denúncias feitas na ilha Terceira. Ali, apurou o PÚBLICO, há quem se queixe de ser convocado para fazer limpezas nocturnas em casas de veteranos e depois seja, pura e simplesmente, abandonado a altas horas da madrugada a mais de cinco quilómetros da sua residência. Sem transportes públicos ou qualquer forma de contactar um táxi há mesmo caloiros que já foram obrigados a percorrer todo o caminho a pé para poder regressar a casa.

O caso mais grave terá ocorrido já no início desta semana quando algumas caloiras foram convidadas a ir a casa de um grupo de veteranos. Aí foram presenteadas com uma sessão de visionamento de filmes pornográficos e com algumas sugestões consideradas ofensivas. Isto claro para não falar das já tradicionais tarefas domésticas que vão desde limpar o pó, varrer toda a casa ou passar a ferro. Ainda em Angra do Heroísmo registaram-se também casos de ingestão forçada de álcool.

No campus de Ponta Delgada, o panorama é pouco diferente: um veterano obrigou um caloiro a comer um grilo, outra foi forçada a acariciar prolongadamente os orgãos sexuais de um colega.


A comissão de veteranos tem notícias de repetidas violações do código da praxe, mas ainda ninguém foi punido. O reitor não quis esperar pelas decisões do Conselho de Veteranos e decidiu cortar o mal pela raiz. Em 1999 já não há mais praxe na UA e todas as actividades previstas, à excepção de um passeio pela ilha de S. Miguel, foram canceladas.

Coma alcoólico

Em Portalegre, o presidente do Conselho Directivo da Escola Superior de Educação de Portalegre (ESEP), Abílio Amiguinho, proibiu também todas as praxes que ponham em causa a "dignidade do aluno" no interior da instituição. "Proibimos qualquer acto que humilhe os alunos. Depois lutarem tanto para entrar no Ensino Superior, os alunos são sujeitos a excessos de praxes, humilhados e obrigados a fazer cenas que não têm qualquer cabimento" referiu.

Muitas dessas cenas, "são actos menos próprios e tem havido alguns casos em que os alunos são obrigados a ingerir alcool contra a sua vontade, o que fez com que uma aluna doente ficasse praticamente em estado de coma alcoólico" contou ao PÚBLICO uma fonte ligada à Comissão de Praxe, responsável pela organização da semana do caloiro.

Abílio Amiguinho referiu, no entanto, que o "Conselho Directivo não se opõe às praxes, mas não fica indiferente ao seu procedimento, quando existem por exemplo, casos de humilhações dentro da instituição".

Para o presidente da ESEP, estas proibições fazem com que "me torne mais impopular, mas ficava mais preocupado se fosse impopular por não dar condições de trabalho aos alunos". Para fazer face às "situações menos correctas" umas das soluções poderá passar por um debate sobre as praxes: "Há outros tipos de praxes, como os jogos, Rally Paper, entre outras actividades, que integram o aluno" disse.

De acordo com o Conselho Directivo da ESEP, está o órgão representativo dos alunos. Segundo Cláudia Soares, presidente da Associação de Estudantes da ESEP: "Somos a favor das praxes, desde que estas sejam para inserir os alunos no meio estudantil. Condenamos todos os excessos e haverá termos de responsabilidade para quem não cumprir os regulamentos".

Nuno Mendes e Alexandre Silva
in Público, Sábado, 23 de Outubro de 1999

 
At 9:50 da tarde, Anonymous Anónimo said...

o que estou a adorar mesmo nesta discussão é toda essa conversa de eu sou isto e eu sou aquilo.......muito giro.....eu até vos digo o que sou....sou preguiçoso mesmo, hehe!..aaaaiiiiiiiii ,aiii..........................
Na tarda entramos naquela do eu sei que você sabe que eu sei que você sabe.............
E sim sem dúvida que o/a Anonymous deve ser psiquiatra............já que não se entende um chavo do que está a balbuciar.
HF vá-.....só mais um tema de discórdia....só mais UM!!!É que as noites estão secantes............
:D
cumprimentos p'ra si e p'rá família....

 
At 9:58 da tarde, Anonymous Anónimo said...

A noticia do Expresso:

Praxes académicas fazem despir aluna in Expresso 4/1/2003


A jovem não aguentou o vexame e apresentou uma queixa inédita ao ministro

MARIA, uma jovem de 18 anos, ficou de baixa psiquiátrica dias depois de ter
entrado no ensino superior. Uma praxe violenta afastou-a durante algumas
semanas do estabelecimento onde se iniciava como caloira de Fisioterapia.
Aconteceu na Escola Superior de Saúde do Instituto Piaget, em Macedo de
Cavaleiros, a 14 e 15 de Outubro, durante a semana da recepção ao caloiro.
Longe da casa dos pais, que lhe alugaram um T0 em Macedo de Cavaleiros para
poder frequentar a escola, Maria (nome fictício) começou por ser obrigada a
despir-se e depois a vestir-se com a roupa interior por cima da roupa que
trazia.


«Senti-me completamente desprezada em relação aos meus colegas, pois fui a
única a passar por essa situação», confessa.

Em seguida, os alunos do 2º e do 3º ano quiseram que se pusesse de joelhos e se
humilhasse, obrigando-a a dizer frases menos próprias em relação aos pais. A
simulação de orgasmos com um poste de iluminação e com plantas fizeram também
parte do seu programa de «boas-vindas». Maria ficou ferida depois de gatinhar
sobre relva molhada e ainda se viu a imitar um asno com um selim colocado nas
costas.


Simulação de sexo sob ameaça

Mas as coisas pioraram quando a caloira se recusou a dizer se era virgem. Teve
de rebolar na lama. Despeitados por uma nova recusa de Maria em responder à
pergunta, os praxantes exigiram-lhe que rebolasse por uma bancada. A simulação
de actos sexuais com colegas de turma acompanhados de expressões obscenas
completaram o embrulho que lhe foi destinado. Depois vieram as ameaças de que
iriam buscá-la a casa se não cumprisse as ordens. O seu pranto não demoveu os
colegas mais velhos.
Ao terceiro dia, Maria decidiu declarar-se antipraxe. As consequências? Nunca
poderá usar o traje académico nem participar em eventos da escola, explicaram-
lhe os membros da comissão de praxe.


Maria voltou para casa dos pais e aí ficou fechada durante semanas. Quando
regressou ao T0 de Macedo de Cavaleiros, arrepiou-se muitas vezes de medo ao
ouvir o toque da campainha. «Eles estão aí», pensava. Decidiu então escrever ao
ministro Pedro Lynce e fazer uma participação à escola.

A notícia chegou em Novembro, por correio, ao gabinete do ministro da Ciência e
do Ensino Superior. Apesar de ser uma questão recorrente, falada na Comunicação
Social, jamais o Ministério recebera uma queixa de uma vítima da praxe.

A Inspecção-Geral do Ensino Superior está a investigar, e o próprio gabinete de
Pedro Lynce pediu explicações ao responsável máximo do complexo do Instituto
Piaget em Macedo de Cavaleiros, Luís Cardoso. Até agora não chegaram
explicações. «Os órgãos competentes estão a fazer as averiguações», comenta
Luís Cardoso, que frisou desconhecer a iniciativa do ministério.

Contactada pelo EXPRESSO, a queixosa disse que não sabia se havia
desenvolvimentos sobre o seu caso, apesar de ter sido ouvida, em Novembro, por
um grupo de cerca de 20 pessoas, a maior parte vestidas de capa negra e
pertencentes à comissão da praxe, a directora da escola e uma docente.

Desfecho do caso é imprevisível

Na carta que enviou, além de descrever com toda a crueza os dois dias passados
sob o jugo dos auto-intitulados veteranos de Fisioterapia do «campus» de Macedo
de Cavaleiros, Maria faz um apelo ao ministro: «Espero que sejam tomadas as
devidas atitudes para que situações como esta não voltem a suceder, para que se
possam formar pessoas muito mais civilizadas, que não usem a humilhação para se
destacarem na nossa sociedade».

 
At 10:00 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Anonymous"Muitas dessas cenas, "são actos menos próprios e tem havido alguns casos em que os alunos são obrigados a ingerir alcool contra a sua vontade, o que fez com que uma aluna doente ficasse praticamente em estado de coma alcoólico"

aluna doente - Oh mãe, sério foram eles que me obrigaram...meteram um funil na boca....e despejaram bebidas alcoólicas na boca......sério, eu nem nunca toquei numa gota de alcoól em todas as minhas idas a discotecas desde os 15.....Sério !!


HEHE sei de muita gente que já usou essa desculpa ...essa miúda só teve azar que os papás quiseram ir a tribunal...e que ela vai ser apanhada numa mentira tão estúpida...

 
At 3:17 da tarde, Anonymous Anónimo said...

A Psiquiatria não é uma ciência???
Só no anonimato se conseguem proferir semelhantes afirmações! Estou chocado com a ignorância.
Bernardo

 
At 6:42 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Na prática clínica nem sempre é possível correlacionar os sintomas apresentados pelos doentes com os critérios diagnósticos existentes nas Classificações internacionais (CID-10, DSM IV-TR). Além disto, a medicina não é uma ciência exacta e a Psiquiatria é uma das especialidades nas quais isto se torna mais evidente pela ausência quer de provas diagnósticas objectivas quer de sintomas patognomónicos. (http://www.psiquiatria-cl.org/revistav10n1.html)

A psiquiatria só será ciência, a última das ciências médicas, no título do excelente livro do médico e divulgador americano Lewis Thomas, quando conhecermos com precisão o mecanismo fisiopatológico das doenças mentais. Mas isso ainda está muito longe de acontecer, devido à complexidade do cérebro, e ao peso dos fatores psicológicos. (http://www.sabbatini.com/renato/correio/medicina/cp980703.htm)

Chocante!

 
At 10:41 da tarde, Anonymous Anónimo said...

so vim dizer que entrei este ano para a faculdade e estou a ser praxado,adoro e admito que sou viciado na praxe e a minha praxe nao é so brincadeirinhas, tambem sofro.para aqueles que nao sabem o que é a praxe e isto diz respeito tambem aos praxistas,a praxe é algo unico para ser vivido intensamente.ha por aí muita mas mesmo muita gente que para satifazer o seu ego humilha de uma maneira incrivel os outros dando como desculpa a praxe... essa gente conspurca o nome da praxe.
a praxe resume-se em 3 palavras:humildade, respeito e amizade.
humildade, porque todos somos iguais e devemos ser capazes de ser humildes em todos os aspectos da vida e isto é o que ensina a igreja e a propria razao, para quem nao acredita em Deus.
respeito, porque para os doutores ou veteranos exigirem respeito da parte dos caloiros têm de respeita-los tambem.
amizade, porque a praxe, para alem de ser um ritual de passagem, é nela que se faz mais depressa verdadeiros amigos numa semana do que muitas vezes num ano, devido ao chamado espirito de manada que ela ensina, o espirito de uniao, que torna as pessoas fracas em fortes e capazes de, ao se ajudarem, vencer qualquer obstaculo.
é por todas estas razoes que a praxe nunca deve acabar, porque ela ensina e cultiva qualidades nobres nas pessoas que a experimentam.
nesse caso que foi postado anteriormente de uma rapariga que sofreu horrores na praxe é devido a pessoas que nao sabem o que é a praxe e exageram.pessoas como essas deviam ser proibidas de praxar pelo conselho de veteranos da acadademia que frequentam.sao essas pessoas que conspurcam o traje, a praxe e as responsaveis pelos movimentos antipraxe muitas vezes de pessoas que nunca foram sujeitas a elas e ganham medo à praxe, quando ela deveria ser recebida de braços abertos, ainda que se seja humilhado, porque para seres respeitado e admirado por todos na praxe é preciso sofrer, tal como na vida:para se chegar longe na vida é preciso passar por muito.
por isso, os que se declaram antipraxe, pensem bem no que estao a dizer, ao menos nao vejam so o lado negativo das coisas porque assim, nem que tentem nao conseguem ver o lado positivo de coisa nenhuma.
espero ter conseguido demonstrar o meu amor à praxe e transmiti-lo as outras pessoas, para que nao a vejam como algo cruel e violento que so merece desprezo.

PRAXE PARA SEMPRE
Dura Praxis, Sed Praxis (a praxe é dura, mas é praxe)

 
At 12:01 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Caro Ricardo, vejo que a praxe lhe ensina muitas coisas. Era bom que ensinasse a essencial: tudo isso que você diz que é bom, para mim é péssimo. Pensarmos de maneira diferente, dou isso como dado adquirido, não faz de nenhum de nós melhor que o outro. No entanto, confesso, julgava que as pessoas já tinham atingido um certo estado evolutivo, desde logo pela assumpção da sua liberdade, que lhes permite privarem-se desse espírito de manada ou carneirada de que fala. Vejo que não, que há quem nasça para ser carneiro. Tudo bem, cada um “muge” como bem quer. Se você julga que a fronteira entre homens fracos e fortes está no antes e depois da praxe, só espero que com esse amor e essa devoção você se torne num autêntico Hulk. Felicidades,

 
At 4:58 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Domingo, Outubro 14, 2007
É tempo de praxe


Todos os anos por esta época as universidades portuguesas enchem-se de estudantes que fazem coisas ridículas sob orientação dos seus colegas mais velhos. Esta semana cruzei-me em Aveiro com um longa bicha de caloiros que vinham da ria acartando nas mãos, debaixo do sol, sacos plásticos cheios de lodo. Presumo que a intenção fosse levar aquela porcaria para a Universidade. Em Coimbra, ao pé da escadaria monumental, passei por um estudante com o traje académico que era escoltado ao caminhar por quatro colegas recém-chegados à capital da cultura universitária que o rodeavam de braços estendidos no ar agarrando a capa dele sobre a sua insigne cabeça para que esta não apanhasse sol de mais. Suponho que teria medo que o pequeno cérebro derretesse.
Chamam a isto a praxe, e a justificação dada para que os colegas mais novos se tenham de lhe submeter é a necessidade de “integração”. Só há integração para quem não fizer ondas e aceitar com humildade os tratos de polé. Os caloiros são mandados fazer figura de urso para se poderem integrar, com a promessa de que um dia também poderão ser superiores prepotentes e terão enfim o direito de mandar uma nova geração de inferiores (caloiros/lamas/lodos) fazer por sua vez figuras tristes. É a apologia da humilhação como estratégia pedagógica.
Dizem os praxistas que é bom como aprendizagem para a vida, como preparação para o mundo. Aprende-se assim a respeitar a hierarquia, preparam-se os jovens para um modelo de relações profissionais baseado não no respeito mútuo, mas nas pequeninas e mesquinhas maneiras quotidianas de lembrar quem é o superior. Um modelo onde pouco conta o mérito, onde as ideias novas ou diferentes são malvistas, no qual importante é saber lamber as botas de algum cacique. Aprende-se a obedecer sem questionar. Para que se perpetue uma cultura que promove o medo de ser o destravado da língua que comete a heresia de dizer que o rei vai nu. E que é saneado pela ousadia. A praxe é um reflexo do triste país que temos, portugalzinho no seu pior.

Publicada por João Paulo Esperança em 11:52 PM 0
in Hanoin Oin-Oin

 
At 3:50 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Sou veterano e orgulho-me de pertencer á praxe
É claro que promovo uma praxe saudavel e que o principal motivo pelo qual me tornei um membro da organização da praxe foi para evitar as atrocidades que aparecem nos jornais

Na praxe da instituição educacional onde estudo é proibido o consumo de bebidas alcoolicas durante a praxe tanto para caloiros como para os "doutores" da praxe. isto para evitar problemas e proteger tanto os caloiros como os "doutores"

Nos jantares de caloiro estes bebem agua e naqueles em que podem consumir bebidas alcoolicas não há praxe porque ninguem os pode obrigar ao consumo
Sendo assim a responsabilidade é unicamente deles

Durante a semana de praxe existe uma hora em que caloiros vão para uma sala com os "doutores" da comissão de praxe para conversar (não há praxe) onde são incentivados a denunciar não só os abusos como todas as coisas de que não gostaram

Durante muitos momentos vejo doutores a rirem-se dos caloiros mas o que me dá realmente prazer é quando vejo um caloiro a rir-se de si proprio o q acontece muitas vezes felizmente

Ir á praxe para usar o traje é uma estupidez. Todo o estudante tem o direito a usar o traje academico tenha sido praxado ou não
Não tendo sido praxado só não pode é praxar.

Quando um "doutor" da praxe está trajado também ele está veiculado à praxe e a praxe tem regras.

Ser caloiro é uma fase em forma de ritual que pretende incutir a humildade.
A praxe promove a igualdade e para tal é preciso que cada um tenha a humildade para se ver como igual perante os outros.

Sou a favor de se punirem os exageros e se alguns colegas e amigos teus tiveram problemas causados por abusos tenho imensa pena.
Espero que tenham sido identificados e responsabilizados
No entanto não culpo a praxe tal como não puniria uma escola se um professor abusasse da sua posição com um aluno

Tenta tambem ser mais controlado na forma como falas humbf porque tens o mesmo discurso dos "praxistas" que condenas

finalizo com desculpas por qualquer erro ortografico e por ter usado o termo "doutor" para me referir aos praxistas mas por isso mesmo é que usei aspas.

sejam mais tolerantes uns com os outros porque li aqui coisas que eram completamentes desnecessarias.

cumprimentos e fiquem bem

Paulo

 
At 12:57 da tarde, Blogger J.Pierre Silva said...

Sobre este e outros assuntos correlacionados: http://notasemelodias.blogspot.com/2008/09/notas-sobre-praxes-e-praxe.html

 
At 1:31 da manhã, Anonymous Anónimo said...

es um anti praxe!

se fosses para a tropa nao fazias o que te mandassem?
aqui é a mesma merda!
fazem o que mandam e mais nada! os que sao praxados ficam unidos e fazem boas amizades quer entre eles quer com doutores.
NAO FALES DO QUE NAO SABES ódass

 

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