Autobiographia Literaria
Quando era criança
brincava sozinho num
canto do recreio
vazio.
Detestava bonecas e
jogos, os animais não eram
amistosos e os pássaros
fugiam.
Se alguém me procurasse
escondia-me atrás de uma
árvore e soluçava “Sou
órfão.”
E aqui estou eu, o
centro de toda a beleza!
escrevendo estes poemas!
Imaginem!
Versão livre de HMBF*
brincava sozinho num
canto do recreio
vazio.
Detestava bonecas e
jogos, os animais não eram
amistosos e os pássaros
fugiam.
Se alguém me procurasse
escondia-me atrás de uma
árvore e soluçava “Sou
órfão.”
E aqui estou eu, o
centro de toda a beleza!
escrevendo estes poemas!
Imaginem!
Versão livre de HMBF*
Frank O'Hara nasceu em Baltimore no dia 27 de Junho de 1926. Membro, juntamente com John Ashbery, James Schuyler e Kenneth Koch, da denominada escola poética nova-iorquina, O’Hara foi fortemente influenciado pelas artes visuais e pela música contemporânea. De resto, começou por estudar piano em 1941, voltando-se para as letras já depois da experiência na II Grande Guerra. Também estudou filosofia e teologia, tendo começado a publicar poemas na Harvard Advocate após ter travado conhecimento com John Ashbery. Acabando por formar-se em Literatura Inglesa, O’Hara publicou o seu primeiro livro de poemas, A City Winter and Other Poems, com desenhos de Larry Rivers, decorria o ano de 1952. Faleceu no dia 25 de Julho de 1966.
*Nota: este poema foi encontrado na Internet; nada me garante, a não ser uma fé tremenda na boa fé alheia, que o seu autor seja, de facto, Frank O’Hara.
1 Comments:
Caro Henrique
Não sei se lhe interessa, mas há uma antologia deste poeta, publicada pela Assírio & Alvim: «Vinte Poemas à Hora do Almoço» (ou será que não a usou propositadamente?), traduzida por José Alberto Oliveira. Joaquim Manuel Magalhães estudou o poeta e traduziu um punhado dos seus poemas.
A despropósito, parabéns pelo seu blogue. Não frequento blogues, mas tenho vindo cá nos últimos três dias com regularidade. Gostei muito do que esceveu (entre outras coisas, claro) sobre Manuel de Freitas. Concordo com quem ajuíza que se trata do melhor poeta do século XXI português. Desculpe o exagero.
Aceite um abraço,
H.
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