Sugestão de leitura
A seguir, com muita atenção, as epístolas de Jorge Reis-Sá. A primeira, dedicada a Vasco Graça Moura, é uma pérola da literatura portuguesa contemporânea: «Caro Vasco Graça Moura nunca gostei de si. Não sei se é do ar burguês, da cigarrilha – muita inveja a minha, dia virá em que fumarei reiteradamente as que me estão destinadas – da pose, da fixação com os clássicos ou do facto de, serei sincero, ser do PSD. Mas é verdade. Perdoe-me: nunca gostei de si. (…) Mas então, perguntar-me-á, Vasco Graça Moura, por que carga de água lhe escrevo esta pública epístola. Pode perguntar, eu respondo: porque vi por estes dias a sua entrevista no Por Outro Lado (sempre bem entrevistado pela lindíssima Ana Sousa Dias – um dia destes recebe também uma carta a dizer: sempre gostei de si; e sem mais). E mudei a minha opinião. (…) Mudei. Mesmo. Gosto de si. Muito.» A segunda ainda não reza, mas já promete. O contemplado é António Lobo Antunes: «O António é um cronista do caraças, para não dizer do caralho. (…) António: raios o partam. Gosto mais de si do que de chocolate.»
5 Comments:
...nas quasi acabou de sair o primeiro volume da poesia do Eugénio, precedido dum texto do Lobo Antunes..
Fico ansioso pela publicação das epístolas. :)
:D:D:D:D:D
Maria João
Não sei o porquê da ironia. É preciso um fialho para reconhecer um reis-sá.
Querido anónimo, gostaria de lhe responder mas a minha querida mãe proíbe-me de falar com queridos estranhos.
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