O SORRISO AOS PÉS DA ESCADA
O actor português Pedro Alpiarça, de 49 anos, morreu ontem, cerca das 13.30, depois de ter saltado do quinto andar do Hospital de Santa Marta, em Lisboa. Segundo algumas testemunhas, o actor terá partido uma janela, daquele piso, atirando-se em seguida. As informações sobre as causas que terão motivado este acto ainda estão por apurar. Pedro Alpiarça iniciou-se no teatro universitário da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, grupo de teatro onde viria a trabalhar entre 1984 e 1990. No entanto, entre 1989 e 1994, fez parte da companhia de teatro A Barraca, sob a direcção de Hélder Costa, integrando o elenco das peças Liberdade em Bremen , de Rainer Werner Fassbinder, O Avarento, de Molière, Floresta de Enganos, de Gil Vicente ou ainda A Cantora Careca, de Ionesco. Participou ainda com Maria de Céu Guerra na peça O Último Baile do Império, de Josué Montello, entre outros trabalhos. Passou também pelas companhias Teatro Veredas, onde trabalhou com Adriano Luz, O Nariz - Teatro de Grupo e a Teatroesfera, onde encenou o espectáculo O Erro Humano, em 1999. Em 2002, co-fundou o Teatro Mínimo. Estreou-se no cinema no filme Glória, de Manuela Viegas, em 1999. E participou em filmes de Carlos Braga e Vítor Candeias. Foi actor regular na televisão, integrando o elenco de variadas séries e sitcoms . Em 1993 participou em Ideias com História, dois anos depois entrou em Nico D'Obra, série com Nicolau Breyner. A partir de 1998, começou a entrar em formatos mais cómicos. Participou em Os Malucos do Riso, nesse ano; em 1999 entrou em Não És Homem Não És Nada, seguindo-se em 2001 a Fábrica das Anedotas. Mais recentemente, fez algumas participações na série Os Batanetes, da TVI, na Maré Alta (SIC) e n' Prédio do Vasco. O seu último trabalho na TV foi em Vingança, onde teve um pequeno papel .
Recuperado da crise que o levava com frequência ao Hospital de Santa Marta, em Lisboa, o actor melhorou e começou a procurar trabalho junto das produtoras. Sem projectos profissionais e sem dinheiro, Pedro Alpiarça começou a entrar em depressão. Depois do bem sucedido desempenho no filme ‘Dot. Com’, seu último grande trabalho, o actor via-se no desemprego. Apesar de afastado dos estúdios de TV e dos palcos onde fez carreira, das palmas e do carinho do público, Pedro Alpiarça apresentava sempre um sorriso que disfarçava a mágoa. “Era uma pessoa dócil, sensível, mas se calhar impreparado para enfrentar estes embates da vida”, confessou um amigo ao CM.Anteontem à tarde, após uma ida ao Hospital de Santa Marta, onde o seu problema de saúde estava a ser seguido, Pedro Alpiarça partiu o vidro de uma janela e atirou-se do quinto andar. Foram infrutíferas as tentativas de reanimar o actor que, já cadáver, foi conduzido à morgue do Hospital de São José.Pedro Aliparça é autopsiado esta manhã e ao fim da tarde será velado na Sociedade Guilherme Cossoul, cuja direcção integrava. A data do funeral ainda não está definida. Pedro, segundo o irmão António, “queria ser cremado”.O actor, que integrou ‘A Barraca’, destacou-se nas séries televisivas ‘Batanetes’, ‘Maré Alta’, ‘Malucos do Riso’ e ‘O Prédio do Vasco’’ .
O actor Pedro Alpiarça, que recentemente participou na série televisiva "Os Batanetes", morreu ao início da tarde de anteontem. Tinha 49 anos e terá perdido a vida por ter saltado do quinto andar do Hospital de Santa Marta, em Lisboa . Testemunhas citadas pelos jornais dizem tê-lo visto partir uma janela do edifício e a saltar logo de seguida.Apesar de mais conhecido na televisão - integrou ainda "Nico d'obra", "Malucos do riso", "Não és homem nem és nada", "Maré alta" e "Prédio do Vasco" -, Pedro Alpiarça fez o essencial do seu percurso artístico no teatro, integrando companhias como A Barraca, Teatro Veredas, O Nariz - Teatro de Grupo e a Teatrosfera. Em 2002, foi co-fundador do Teatro Mínimo. No cinema estreou-se em 1999, no filme de Manuel Viegas "Glória". Este ano integrou a comédia "Dot.com", de Luís Galvão Teles .
5 Comments:
muito muito triste.
é muito triste o que o pano esconde quando se fecha e as palmas se calam.
...
muito muito triste.
perante a morte, tudo o mais q se possa divagar é acessório... mas pergunto a mim mesmo quantas linhas teria, e se teria..., este actor na notícia da sua morte (qualquer q tivesse sido a causa), se não tivesse entrado em programas baratinhos para grandes audiências.
actor talentoso e pessoa maravilhosa. há poucos tão bons.
Viver nos nossos dias, não é nenhuma pêra doce...
A comédia portuguesa fica mais pobre!
saltou de um 5º andar, depois de lhe terem recusado ajuda médica.
Precisou de ajuda médica porque em Portugal os artistas não têm quaisquer regalias sociais e passa muito tempo sem trabalho devido à intermitência da profissão.
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