Que nome dar a dois pontos que se encontram
senão um ponto apenas? Como chamar a duas linhas
que unem os extremos senão uma única linha?
Duas gotas de água que se juntam não são uma só gota?
Não serão os oceanos apenas nomes para um único nome: mar?
Todos os continentes são a terra.
Todos os passos, o andar.
Todas as palavras são a fala.
Todas as folhas, o livro.
Quando o mesmo se une, cumpre-se. Tem o mesmo sentido,
a mesma matéria, o mesmo nome.
É uno. Único. Diverso, apenas esse modo
de tocar uma única boca. Como hei-de chamar-te agora?
Teu nome é plural. Plural é o meu nome.
Só o amor que os une é singular.
senão um ponto apenas? Como chamar a duas linhas
que unem os extremos senão uma única linha?
Duas gotas de água que se juntam não são uma só gota?
Não serão os oceanos apenas nomes para um único nome: mar?
Todos os continentes são a terra.
Todos os passos, o andar.
Todas as palavras são a fala.
Todas as folhas, o livro.
Quando o mesmo se une, cumpre-se. Tem o mesmo sentido,
a mesma matéria, o mesmo nome.
É uno. Único. Diverso, apenas esse modo
de tocar uma única boca. Como hei-de chamar-te agora?
Teu nome é plural. Plural é o meu nome.
Só o amor que os une é singular.
Joaquim Pessoa nasceu no Barreiro a 22 de Fevereiro de 1948. O seu primeiro livro, O Pássaro no Espelho, veio a público em Março de 1975. Ideologicamente ligado ao Partido Comunista, colaborou em vários jornais e revistas, como a Vértice e a Sílex. A sua poesia foi várias vezes premiada. É ainda autor de algumas obras de ficção e está representado em diversas antologias e volumes colectivos.
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