BENAZIR BHUTTO
A ler: PAQUISTÃO...
Encontra-se disponível na página do Público um artigo publicado no mesmo jornal a 18 de Outubro de 2007, aquando do regresso de Benazir Bhutto à sua terra natal, Carachi, após nove anos de exílio. Filha do antigo primeiro-ministro Zulfikar Ali Bhutto, fundador do Partido Popular do Paquistão, Benazir Bhutto formou-se em Ciências Políticas e Filosofia nas universidades de Harvard e Oxford. Após o derrube do governo liderado por seu pai, então executado, Benazir Bhutto esteve presa durante cinco anos. Foi autorizada a sair do país para tratar uma infecção no ouvido! Regressou ao Paquistão em 1986, tornando-se no principal rosto da oposição ao regime antidemocrático do general Zia ul-Haq. Em 1988 o avião onde seguia Zia ul-Haq despenhou-se. Seguiram-se as eleições que Benazir venceu depois de ter prometido «alimentar a população, garantir assistência médica aos pobres e um salário mínimo». Após 20 meses no poder, o governo de Benazir Bhutto caiu minado pela corrupção. Regressou ao poder em 1993, para voltar a cair, pelas mesmas razões, em 1996. Entretanto, «a família tinha arrecadado um património avaliado em 1,5 mil milhões de dólares ganhos em negócios ilícitos através de todas as esferas de governação», embora os escândalos de corrupção nunca tenham sido provados em tribunal. Os dois últimos parágrafos do artigo do Público são especialmente interessantes: «E é também aqui que estão as dúvidas sobre quem será a mulher que hoje aterra em Carachi. “É uma mulher muito diferente do que era em 1986. Nessa altura, voltou muito jovem para desafiar um ditador. Agora volta outra vez, para se aliar a um”, comenta ao P2 a biógrafa Christina Lamb. “Isto vai tornar difícil ela poder dizer que está a lutar pela democracia.” Também não ajuda o facto de este acordo com Musharraf para uma partilha de poder ter sido arquitectado pelos EUA, a quem agrada ver em Islamabad alguém que diz defender a democracia e se opõe ao extremismo religioso. “Há muito entusiasmo [com o seu regresso] mas não necessariamente apoio”, diz Lamb. “É difícil saber como isto se traduzirá em votos.” Christina Lamb, que tem falado com Benazir, não tem dúvidas: se há dois anos parecia ver pela frente “a morte do seu futuro político”, agora “está uma mulher diferente, até na aparência. Parece alguém a quem a hora chegou, a quem as coisas começaram a correr bem”.»
3 Comments:
nunca acreditei nela. para mim era só mais um a querer encher (ainda mais) os bolsos. tal não colide com o meu mais profundo repudio pelo seu assassinato
não será bem isso, mas também será isso.
P.S.: She could have lived there comfortably, far from the cauldron of Pakistani politics, but chose not to do so.
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