TALVEZ FODER
O que é preciso fazer para que nasçam mais crianças em Portugal? Não fosse a pergunta tão estúpida, seria de uma desfaçatez sem limites. É que a resposta à pergunta é óbvia. A pergunta que se impõe neste momento é outra: o que é preciso fazer para que os portugueses queiram ter mais filhos? Se a pergunta fosse esta, eu sugeriria um referendo onda as hipóteses a ter em consideração seriam: uma Soraia Chaves para cada português, um HMBF para cada portuguesa. Não pensem que estou a folgar, tenho provas dadas em como me ajeito na procriação. Digam-me lá, sinceramente, quantos jovens de 33 anos mal feitos conhecem com dois filhos. Neste caso, duas filhas. Ainda para mais duas filhas lindas, perfeitas, bem delineadas. São provas mais que provadas de uma mestria inata para a procriação. Portanto, minhas amigas, se quiserem ter filhos não hesitem. Vocês sabem o meu e-mail. É claro que não me responsabilizo senão pela confecção. Como sabem a vida está pela rua da amargura. Eu quando não queria ter filhos dizia sempre que os não queria ter por causa de coisas tão nobres como a dificuldade em educá-los, o mundo agressivo em que vivemos, a preocupação permanente com os vírus sociais que, a qualquer instante, podem atingir crianças ao cuidado de pais negligentes. Desenganem-se. Nada disto é razão para que não tenhamos filhos, pois se ficarmos a pensar em vidas controladas e mundos sem risco então o melhor é tomarmos uma caixa de barbitúricos e adormecermos para sempre. Hoje em dia, pai que sou de duas crianças, só não tenho já quatro ou cinco ou seis por razões que a todos será fácil compreender. A primeira das quais é o facto de ser monogâmico (embora, aviso, não exista nenhuma condição que me obrigue a sê-lo), a segunda é o facto de, sendo monogâmico, a minha mulher adormecer com enorme facilidade. A culpa desta sonolência atroz é, precisamente, da monogamia. É do conhecimento geral que quem come sempre o mesmo prato acaba a enjoá-lo. Por mais criatividade que se tenha, por mais imaginação que se possua na distribuição das especiarias, o facto é que repetir o mesmo prato continuamente gera graves problemas na saúde de uma pessoa. Eis então a minha segunda proposta, acabar com esta sociedade monogâmica, promover a poligamia. Nada de depravação, tudo isto é em nome da resolução de um dos mais graves problemas que assolam o país: a baixa natalidade. Pela bandeira todos nós faríamos tais esforços. Por fim, embora não seja o mais importante, sugiro então um pacote de medidas que talvez desburocratizem o tesão, estimulando assim o acto de procriar: mais segurança no trabalho, ordenados de jeito, menos impostos, ensino e saúde grátis, gasolina mais barata, menos descontos para as SS, suavizar os custos domésticos, nomeadamente com água, luz, gás e telecomunicações. Como vêem, nada que, à partida, seja impossível de resolver.
6 Comments:
No entanto, eu creio que o pior mal reside no seguinte: torpedeados por uma educação classicamente cristã e mesmo católica, os portugueses actuais punheteiam-se em excesso, o que naturalmente os limita e impede de terem um desempenho procriativo de qualidade.
Já o mesmo não sucedia na tradição portuguesa menos recente, senão veja-se o exemplo dos conhecidos párocos rurais: devido ao seu sólido ateísmo, ainda que pouco propalado por questão de delicadeza dos próprios, fornicavam sem complexos desde as criadinhas até às paroquianas, o que levantava o rácio de nascimentos e trazia todos contentes.
:) ó henrique, olha que eu também já fi a minha parte e,já agora, a de outra qualquer. mas não é nada mesmo nada fácil ter filhos neste país.
Tendo em conta que à falta de padres corresponde uma baixa nas taxas de natalidade, eis mais uma medida: formar padres.
Pronto, tê-los pode não ser fácil. Mas fazê-los...
fazê-los é bom, aliás mais que bom
Henrique, iste post deve ser resultado do teu espirito natalicio
maria joão
:)
Nelson, nem sempre.
Maria João, sou um mãos largas.
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