TEORIA LÍRICA (1. poesia)
1. As minhas alunas têm-me nas mãos. Trazem milho segado na frente, grão de bico na asa.
2. As minhas alunas cabem nas veredas. São tapetes à entrada das eiras. Subsistem no segredo e são sozinhas.
3. As minhas alunas voltam-se de costas só para não me verem. Eu sinto-lhes o cheiro.
4. Eu dou-lhes a pequena erva inútil
Digo-lhes amanhã morrerei.
5. Vejo a terra desmaiada na dor da família. Uma carta para voltar, para sorrir.
6. Eu sou um tremor, uma turbina. Tenho lâminas que rezam e grito-lhes.
7. Eu sei que isto é um produto do ilusionismo. É um sangue de metáfora cerzido nos dentes.
8. Vocês ganharam a vida
E eu a pouca sorte de nascer
Apenas uma morte antes do amor.
Rui Costa
2. As minhas alunas cabem nas veredas. São tapetes à entrada das eiras. Subsistem no segredo e são sozinhas.
3. As minhas alunas voltam-se de costas só para não me verem. Eu sinto-lhes o cheiro.
4. Eu dou-lhes a pequena erva inútil
Digo-lhes amanhã morrerei.
5. Vejo a terra desmaiada na dor da família. Uma carta para voltar, para sorrir.
6. Eu sou um tremor, uma turbina. Tenho lâminas que rezam e grito-lhes.
7. Eu sei que isto é um produto do ilusionismo. É um sangue de metáfora cerzido nos dentes.
8. Vocês ganharam a vida
E eu a pouca sorte de nascer
Apenas uma morte antes do amor.
Rui Costa
5 Comments:
Estrumpfinas&
umDosVelhotes
DosMarretas...
masLírico :)
Acutilantemente
bonito.
Que letra tão fácil de entender!
é bom dar conta que o Rui tem andado mais a usar o 'insónia' como janela!
a malta agradece.
Jorge Garcia Pereira
www.loucomotiva.com
olá!
Rui Costa
ai.
já escrevinhei uma série de coisas, mais vale ficar-me pelo "muito bom, Rui"
possas!
:)*
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