O VELHO ESTADO NOVO
Se há coisa que me desgosta no Portugal de hoje é a forma como o Estado Novo vem sendo revisitado de há algum tempo para cá. Já não nos chegava o culto pela figura do ditador, patente no programa Os Grandes Portugueses, temos agora de aguentar com os coloridos anos de Salazar e a biografia de dois déspotas entre apreciáveis artistas cá do burgo. Mas não é só isto. Este fenómeno é consequência de variadíssimas razões que não podem passar despercebidas, entre elas a ligeireza com que se compara, por exemplo, o Governo de Sócrates com o Estado Novo. Comparações dessas, tantas vezes levadas a cabo por gente de partidos reconhecidamente opositores da ditadura, apenas servem para branquear a miséria em que ficou este país depois de 50 anos de orgulhosa solidão.
1 Comments:
Não há comparações: Salazar era Prof. Catedrático na Universidade de Coimbra, antes de ser ministro, Sócrates era agente técnico. No tempo de Salazar houve crescimento do pib à taxa de quase 10% ao ano, sem ajudas da UE. Basta estas duas coisas para não se poder
comparar.
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