IKLIMER, DE NURI BILGE CEYLAN
Ando sob o Verão à procura da chuva,
passo por entre a chuva, caminho na névoa,
e nenhuma estação me detém.
Olho a paisagem ao fundo dos dias,
uma cordilheira de mentiras, perdão,
um regresso às mesmas desculpas de sempre.
Se ao menos uma gargalhada se intrometesse
no nosso amor, se ao menos um riso
no choro gelado dos rostos desaparecidos.
Restam-me as fotografias de um quando
esquecido, registos revogados de datas
passadas. E o olvido a caminho do repouso.
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