SUGESTÕES PARA O EURO 2008
Dêmos o pontapé de saída com o extremo português Fernando Pessoa, o qual, sozinho, faz toda uma equipa. Passada a fronteira, muitas seriam as soluções. Sugiro o futebol plástico de um Federico García Lorca. A selecção francesa já não é o que era. Ainda assim, quem teve Antonin Artaud tem sempre fortes argumentos históricos a seu favor. A Suíça ataca com Blaise Cendrars e a Itália é uma eterna candidata ao título. Uma das grandes vedetas desta selcção é Cesare Pavese. Subindo até aos Países Baixos, encontramos um jogador bem conhecido dos portugueses: Gerrit Komrij. Da selecção alemã, que também já conheceu melhores dias, destacamos o jogo sempre impetuoso de Goethe. Na Suécia, a magia de Gunnar Ekelöf é capaz de fazer estragos. Nada que se compare com o vasto leque de opções que nos chega da Rússia, eterna candidata ao título e viveiro de atletas de alto gabarito tais como Marina Tsvetáeva. Descemos à Polónia, onde destacamos a campeã mundial Wislawa Szymborska. Da República Checa é inevitável que salientamos a arte de Rainer Maria Rilke, embora com fortes ligações à Áustria de Georg Trakl. Na Roménia, o registo incomparável de Paul Celan é sempre a ter em conta. Mais desconhecido entre nós, o futebol croata destacou-se sobretudo com o velho Marko Marulić. Por fim, dois grandes nomes do desporto rei europeu: o grego Odysséas Elytis e o turco Nâzim Hikmet. Embora com sortes distintas, são sempre surpreendentes.
3 Comments:
será que os poetas tambem cortam o cabelo, como os jogadores de futebol?
Enquanto isso, assistimos aqui ao Brasil perder para a Venezuela. Oh dia, oh azar.
Há escritores com penteados incríveis. O Brasil perdeu? Bolas, há sempre uma primeira vez. :)
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