5.2.07

The Final Cut

Um dia morrerás, deixando pela terra memórias que não dominas. Mas se pudesses dominá-las, que memórias gostarias que ficassem de ti? As que os outros guardarão? As que depositaste no lixo da vida? As que construíste dentro de ti, ao longo da morte? Fica sabendo que, todas juntas, não seriam sequer um cibo de verdade, mero vestígio que são de um pouco do que se passou. A forma como a memória nos representa, a memória de nós próprios e a que temos dos outros, é sempre um aquém da verdade e da realidade. Tal como uma fotografia não diz senão uma perspectiva possível de um fragmento do real, a memória também apenas desconstrange o esquecimento, isto é, põe-nos à vontade para fazermos o que quisermos da realidade. O que os outros julgarem do que fica jamais será tão poderoso quanto o que ficar por julgar do que se apagou.

2 Comments:

At 1:33 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Bem... rapaz... tu andas a ler a cabeça das pessoas ou quê?!?!;) É que é um bocado estranho chegar aqui e ler coisas que pensamos há pouco tempo, mais precisamente, hoje de manhaã!!!! sokyyyy!;)

 
At 3:15 da tarde, Anonymous Anónimo said...

sem dúvida, uma reflexão muito oportuna.

 

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