Num Álbum
Se exigirem perfumes às flores
Pr’a tecerem com elas grinaldas,
Não procurem do monte nas fraldas
A modesta e inodora cecém.
Se igualmente desejas, amigo,
Para aqui mais que versos, poesia,
Antes deixes a folha vazia,
Pois meus versos poesia não têm.
Pr’a tecerem com elas grinaldas,
Não procurem do monte nas fraldas
A modesta e inodora cecém.
Se igualmente desejas, amigo,
Para aqui mais que versos, poesia,
Antes deixes a folha vazia,
Pois meus versos poesia não têm.
Júlio Dinis, pseudónimo de Joaquim Guilherme Gomes Coelho, nasceu no Porto em 1839. Foi entre esta cidade, Ovar e o Douro que passou grande parte da sua vida. Tirou o curso de medicina na Escola Médica do Porto, aliando a profissão de médico à de escritor. Os seus primeiros textos foram publicados em A Grinalda e em O Jornal do Comércio. De uma família de tuberculosos (a mãe e os irmãos morreram com essa doença), Júlio Dinis contrai também a doença e parte numa cura para a Madeira, cura esta que de pouco lhe valeu, falecendo ainda muito novo no ano de 1871. Dois anos depois, foram publicadas as suas Poesias.»
3 Comments:
Os teclados são como a língua portuguesa: muito traiçoeiros.
:)
forma por foram é interessante, mas fraldfas parece a palavra anti-spam aqui de baixo. ;)
Um abraço.
olá fernando
a «forma» é culpa minha
mas as fraldfas não :)
vem assim no original que tenho em casa
Poesias, Europa-América, p118.
eh eh
Ele há cada uma! Saúde e, já agora, yuslcpt...
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