11.6.06

Migrantes

O sol estendeu-se sobre os telhados, a dormir a sesta. Alguns adolescentes regressam a casa com um sorriso de fim-de-semana, outros remetem para o estilo o andrajo das suas amarguras. Há ainda os outros, os que não conseguem esconder na palidez dos olhos as frustrações prolongadas na sombra. Essa sombra que os perseguirá como uma cauda animal que se transporta para a vida. Quatro migrantes fecham as feridas do trabalho à volta duma mesa de álcool e tabaco. São muitos os migrantes, são demais os migrantes, que passeiam nas ruas a solidão com que saem dos empregos e regressam às casas de ver o tempo passar. A gente nem sabe a sorte que tem num simples sumo de maçã.

1 Comments:

At 10:50 da manhã, Blogger violeta13 said...

ou em ver pela manhã uma folha novinha na planta que está, e só está, na varanda.

 

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