PEQUENO POEMA DIDÁTICO
O tempo é indivisível. Dize,
Qual o sentido do calendário?
Tombam as folhas e fica a árvore,
Contra o vento incerto e vário.
A vida é indivisível. Mesmo
A que se julga mais dispersa
E pertence a um eterno diálogo
A mais inconseqüente conversa.
Todos os poemas são um mesmo poema,
Todos os porres são o mesmo porre,
Não é de uma vez que se morre…
Todas as horas são horas extremas!
Mário Quintana nasceu no Rio Grande do Sul, no dia 30 de Julho de 1906. Em 1919 começou a produzir os seus primeiros trabalhos, publicados na revista Hyloea. Em 1927, por iniciativa do cronista Álvaro Moreyra, a revista Para Todos, do Rio de Janeiro, publicou um poema de sua autoria. Dois anos depois começou a trabalhar na redacção do diário O Estado do Rio Grande, publicando os seus poemas na Revista do Globo e no Correio do Povo. Traduz obras de diversos escritores: Giovanni Papini, Proust, Voltaire, Virginia Woolf, entre outros. Em 1940 estreou-se em livro com A Rua dos Cataventos. Desde então, nunca mais parou de escrever e de publicar: poesia, crónicas, prosas várias, pensamentos, literatura infanto-juvenil, etc. Em 1980 foi-lhe atribuído, pelo conjunto de sua obra, o Prémio Machado de Assis. Faleceu, em Porto Alegre, no dia 5 de Maio de 1994.
3 Comments:
uma pequena correcção, este Mario é diferente dos outros até no nome, o seu não leva acento.
Este comentário foi removido pelo autor.
Olá Henrique!
passeei em seu blog para copiar a poesia do Mário, este poeta que amo, e depois colar no meu blog, :)Amei também seu blog.
Abraço,
Sônia.
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