ESPINOSA, MEU AMOR
Falava-se de elegância, não era. Tenho-a bífida, activa, sou a mónada galante a escavacar metáforas. Tratá-las como bichos, elas a si também, minha senhora: Sempre a dar gramática. O mar.
Depois (é) a face da lua. Um homem que inclina os braços, não fala de trabalho. Tem uma espécie de roupa sobre a pele, aguça os instintos e indica-lhe uma catedral. E você entra, (minha senhora), por esta altura já só pensa amá-lo. Havemos de rir, que tal correu o dia, ofereça-me o código para o paraíso__Estamos dentro de uma catedral, tem a consciência disso? Não vejo televisão, há quinze anos que não, por vezes dou um ar provinciano mas não é por mal. Ui que se assustam as minhas amizades!
Quando mordo mesmo não aviso, trabalho pouco. Você nota-me o talento nas mãos. Nem sabe quanto lhe agradeço. Um livro de BD, pode ser de Boucq. Um disco de Mana. Onde pôs a minha maçã? É tão breve a água a reparar contornos__
Agora estas vozes ficam a dialogar com o seu silêncio. Se um dia voltarmos a esta catedral, vai ver – estarão crescidas, como os bons filhos concretizam a beleza dos pais que nunca viram. BEIJÁ-LOS-EMOS COM A ADMIRAÇãO DOS INDIGNOS. A solidão apura o perfil das formas, a tristeza devolve o imperfeito ao esquecimento______Ah minha senhora__ se escutásseis o esforço que faço para que a mais ínfima linha permaneça por dizer!!
Fujamos. Alinhemos nossos corpos com a próxima onda.
Rui Costa
Depois (é) a face da lua. Um homem que inclina os braços, não fala de trabalho. Tem uma espécie de roupa sobre a pele, aguça os instintos e indica-lhe uma catedral. E você entra, (minha senhora), por esta altura já só pensa amá-lo. Havemos de rir, que tal correu o dia, ofereça-me o código para o paraíso__Estamos dentro de uma catedral, tem a consciência disso? Não vejo televisão, há quinze anos que não, por vezes dou um ar provinciano mas não é por mal. Ui que se assustam as minhas amizades!
Quando mordo mesmo não aviso, trabalho pouco. Você nota-me o talento nas mãos. Nem sabe quanto lhe agradeço. Um livro de BD, pode ser de Boucq. Um disco de Mana. Onde pôs a minha maçã? É tão breve a água a reparar contornos__
Agora estas vozes ficam a dialogar com o seu silêncio. Se um dia voltarmos a esta catedral, vai ver – estarão crescidas, como os bons filhos concretizam a beleza dos pais que nunca viram. BEIJÁ-LOS-EMOS COM A ADMIRAÇãO DOS INDIGNOS. A solidão apura o perfil das formas, a tristeza devolve o imperfeito ao esquecimento______Ah minha senhora__ se escutásseis o esforço que faço para que a mais ínfima linha permaneça por dizer!!
Fujamos. Alinhemos nossos corpos com a próxima onda.
Rui Costa
6 Comments:
basicamente, derreto-me a ler os teus escritos.
Também quase não vejo televisão à cerca de 15 anos, se por acaso vejo é em silêncio e a mudar os canais.
Maria João
mc:obrigado, vais ler mais.
etanol:já ando pra ver a Floribela há semanas, o certo é que acabo sempre por me esquecer.um dia destes,
Rui Costa
Ai essa cabeça Costa, deves comer muito queijo. Eu não posso ver telenovelas, infelizmente, porque à noite sou corista, tenho ensaios.
Maria João
etanol: gosto muito de queijo com endívias, no forno.
Rui Costa
Endívias? Isso é verde e verde é tudo o que é belo, como canta a grande Natália, no forno com queijo não posso experimentar porque o meu sofreu um curto-circuito.
Maria João
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